Autor de ataque em creche de SC maltratava animais

Na manhã desta terça-feira (4), um ataque a escola Aquarela deixou três crianças e duas mulheres mortas a facadas no município de Saudades, na região oeste de Santa Catarina, chocou todo o país. O jovem, identificado como Fabiano, tinha 18 anos, era um jovem quieto, sofria bullying e maltratava animais.

As equipes de policiais estiveram na casa do assassino, onde apreenderam computadores e conversaram com os pais e a irmã. Segundo a família, o agressor havia feito a compra da arma utilizada no crime, uma espata samurai, a alguns dias e, ao ser questionado porque fez a compra, teria dito para a família em tom de brincadeira que seria usada para maltratar um bicho de estimação que a irmã tem em casa.

Segundo a Polícia Civil, o agressor estaria cursando o Ensino Médio e trabalhava em uma empresa no município onde morava. Na casa foi encontrado R$ 11 mil em espécie de dinheiro, o que correspondia ao valor que recebeu durante o emprego pois, de acordo com a família, o menino não gastava o salário.

“Como não era de sair, de socializar, estava guardando o dinheiro”, afirma o delegado responsável pelo caso Jeronimo Marçal Ferreira. “Ninguém na família imaginava que ele ia fazer isso. Com certeza absoluta. Um jovem problemático, mas dentro da normalidade”, diz.

Ainda de acordo com o delegado, o assassino apresentava ”perfil de se trancar no quarto e ninguém saber o que está fazendo no computador”. O delegado também disse que, até o momento, não há nada que indique a relação de outra pessoa na ação. A polícia ainda trabalha com várias hipóteses e acredita que pode não chegar à conclusão do crime.

Após o ataque, o agressor foi conduzido até o hospital do município de Pinhalzinho, pois tentou cometer suicídio. Logo em seguida, foi transferido para um hospital em Chapecó, onde passa por cirurgia.

O Ataque

O jovem de 18 anos invadiu a Escola Infantil de Berçário Pró-Infância Aquarela, em Saudades, e matou cinco pessoas. No momento haviam aproximadamente 30 pessoas na creche. Algumas professoras conseguiram trancar as portas impedido que o assassino ferisse mais pessoas. Segundo uma das professoras, ele teria tentado entrar em uma sala mas foi impedido e acabou deixando de lado.

O jovem teria cortado o pescoço após o atentado e, quando foi socorrido, perguntou as pessoas se ”havia ferido mais de 5 pessoas”. De acordo com as informações oficiais, três crianças e duas mulheres morreram no ataque. As vítimas tiveram suas identidades reveladas na tarde de terça. São elas: a professora Keli Adriane Anieceviski, a agente de educativa Mirla Renner, e as crianças identificadas como Sarah Luiza Mahle Sehn, de 1 ano e 7 meses, Murilo Massing, de 1 ano e 9 meses, e Anna Bela Fernandes de Barros, de 1 ano e 8 meses. Um bebê ainda está internado em estado grave.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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