Suspeitos de transferir veículos de pessoas falecidas com documentos falsos são investigados

Suspeitos de transferir veículos de pessoas falecidas com documentos falsos são investigados pela polícia 

Dois servidores estão sob suspeita de adulterar e transferir veículos sem os documentos exigidos pela lei em Paranaiguara, no sul de Goiás. De acordo com o Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO), um dos envolvidos é uma servidora da prefeitura, de 34 anos, que foi demitida, enquanto o segundo servidor, de 29, era comissionado e perdeu o cargo.

Segundo o Detran, o esquema operava em conjunto com um cartório de Quirinópolis, que autenticava documentos adulterados pelos servidores. As fraudes incluíam transferências de veículos de pessoas falecidas sem inventário para pessoas vivas, uso de selos falsos, documentos adulterados e procedimentos realizados sem vistorias.

O delegado Waldir, presidente do Detran Goiás, afirmou que, dos 32 processos investigados em Paranaiguara, 31 apresentaram fraudes. “Esses servidores cobravam a parte pelos serviços. Eles atuavam há cerca de 2 anos e visavam sempre a vantagem financeira”, disse o delegado.

Ainda não há estimativa dos valores obtidos com as fraudes. A investigação foi encaminhada para a Polícia Civil.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp