A batalha de Carolina Arruda contra a neuralgia do trigêmeo: superando a pior dor do mundo

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“Pior dor do mundo”: compreendendo a batalha da jovem mineira contra a neuralgia do trigêmeo

Aos 28 anos, Carolina Arruda passa por um desafio diário há mais de uma década enfrentando a chamada neuralgia do trigêmeo. Residindo em Bambuí, a jovem mineira tem buscado incessantemente por alívio para as dores intensas e incapacitantes que a acometem. Tratamentos que envolvem medicamentos, internações e cirurgias já foram parte do seu caminho, no entanto, Carolina revela que não está mais disposta a se submeter a procedimentos experimentais que não garantem uma solução efetiva para o seu quadro.

A estudante de medicina veterinária ganhou visibilidade nacional ao tornar pública sua luta contra a neuralgia do trigêmeo, também conhecida como a “pior dor do mundo”. As dores agudas no rosto desencadeadas pela doença levaram Carol a tentar diferentes abordagens terapêuticas na esperança de obter algum alívio. A mais recente tentativa, uma sedação profunda realizada em agosto de 2025, não surtiu o efeito desejado, resultando em uma piora no quadro e na necessidade de dedicar um tempo ao cuidado da saúde mental.

Diário do Estado acompanhou de perto a trajetória de Carolina Arruda e as consequências dos tratamentos pelos quais ela passou. A jovem mineira, que enfrenta a rara neuralgia do trigêmeo, viu sua rotina ser drasticamente impactada pelas dores lancinantes que a acometem, impossibilitando a realização de atividades simples como falar, mastigar ou escovar os dentes. A neuralgia do trigêmeo é uma condição complexa que afeta menos de 0,3% da população mundial, sendo o caso de Carolina ainda mais raro por manifestar dor em ambos os lados do rosto de forma constante.

Desde os 16 anos, quando ainda estava grávida e se recuperava de dengue, Carolina começou a sentir os sintomas da doença, porém, o diagnóstico preciso só foi estabelecido após um período de confusão com problemas odontológicos. O atraso na identificação da neuralgia do trigêmeo retardou o início de um tratamento mais eficaz. Antes do impacto da doença em sua vida, Carol era uma jovem ativa, com planos acadêmicos e profissionais, que precisou interromper suas atividades em decorrência das crises de dor cada vez mais intensas.

Os esforços de Carolina para combater a neuralgia do trigêmeo incluem uma série de abordagens terapêuticas, desde medicamentos até cirurgias de descompressão do nervo trigêmeo. Após a última tentativa com uma sedação profunda, que visava “reiniciar” as respostas do cérebro aos tratamentos, a jovem mineira expressou a decisão de priorizar o cuidado emocional e afastar-se temporariamente dos procedimentos médicos invasivos. A busca por novas intervenções foi descartada, sendo mantidas as terapias já em curso, como a utilização de uma bomba de fármacos e eletrodos.

Diário do Estado destaca a resiliência de Carolina Arruda em face de uma condição tão debilitante, ressaltando sua determinação em preservar o conforto, a funcionalidade e a vontade expressa em relação ao seu tratamento. A jovem mineira mantém-se firme na busca por uma melhor qualidade de vida, mesmo diante dos desafios impostos pela neuralgia do trigêmeo. A história de Carolina inspira reflexões sobre a importância do cuidado com a saúde mental e a necessidade de apoio contínuo para aqueles que enfrentam condições médicas complexas e de difícil tratamento.

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