‘A Empregada’: Suspense desequilibrado diverte pelos motivos errados, DE já assistiu?

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‘A Empregada’ traz suspense fora do tom que diverte pelos motivos errados; DE já
viu

Filme estrelado por Sydney Sweeney é inspirado em best seller de Freida McFadden
e dirigido por Paul Feig de ‘Missão Madrinha de Casamento’. Amanda Seyfried é o
grande destaque do elenco

Depois de um ano marcado por uma sequência de fracassos de crítica e bilheteria,
especialmente após estrelar um polêmico comercial de jeans,
Sydney Sweeney deve estar bastante aliviada com “A Empregada”. O filme estreia
nos cinemas brasileiros oficialmente nesta quinta-feira, 1 de janeiro.

O longa, que adapta um livro sucesso de vendas em várias partes do mundo, foi
bem recebido quando lançado nos Estados Unidos na segunda metade de dezembro e
deve acabar com a maré de azar da atriz americana. Mas, mesmo com essa boa
recepção, “A Empregada” não consegue ser um bom filme de suspense devido a
alguns erros e exageros que chegam a causar risos quando deveria provocar tensão
no público.

Na trama, Sweeney interpreta Millie Calloway, uma jovem de passado problemático,
que busca uma chance para conseguir ter uma vida melhor. Ao ser aceita para
trabalhar como empregada doméstica de uma família rica de Long Island, ela
acredita que as coisas vão melhorar para o seu lado.

Mas, aos poucos, as estranhas atitudes de sua patroa, Nina Winchester (Amanda
Seyfried), sempre acobertadas pelo marido, Andrew, testam a sua paciência e resistência, pois sabe que precisa do emprego para atingir os seus
objetivos. Logo, Millie começa a perceber que seus patrões guardam estranhos
segredos que podem lhe causar graves problemas e se vê num jogo de gato e rato,
onde vai precisar ser mais esperta do que os Winchesters para sobreviver.

Baseado no livro de Freida McFadden (ela atua como produtora executiva no
filme), “A Empregada” até conta com boas situações que intrigam o espectador
pelos caminhos inusitados que levam a história. Em alguns momentos, fica difícil
prever o que acontece em seguida pelas formas que os personagens se comportam, o
que deixa tudo bem intrigante.

A principal causa disso é a direção acima do tom do cineasta Paul Feig, que
ficou famoso por comandar a comédia “Missão Madrinha de Casamento” e a versão
feminina de “Caça-Fantasmas” (2016). Feig parece não se incomodar em deixar
várias cenas histéricas demais, a ponto de deixá-las tragicômicas ao invés de
torná-las tensas de verdade, o que esvazia o suspense.

Isso dá a entender que o objetivo é enfatizar o choque pelo choque, ao invés de
trabalhar melhor a tensão que surge entre os personagens da trama. Por causa
disso, é possível rir do que acontece na história ao invés de despertar
curiosidade para saber como tudo vai se resolver.

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