Empresa procura “o nariz que vale milhões”

A fábrica de vodca Absolut, está contratando. Ela quer um provador em tempo integral para seu principal produto, mas não é qualquer um que pode ocupar a posição. Eles querem substituir Per Hermansson, conhecido no meio como “o nariz de um bilhão de dólares”.

A empresa busca alguém capaz de perceber diferenças minúsculas no sabor e no aroma entre doses de diferentes lotes da bebidas.

Será um grande desafio para o candidato substituir seu antecessor. Per Hermansson está há 35 anos no ramo. Segundo a imprensa especializada, ele está por trás de muitos produtos da empresa – que começou na Suécia e é controlada pela multinacional francesa Pernod Ricard.

Em uma entrevista para o Business Insider, Per Hermansson afirmou que realiza 20 sessões de prova de bebidas diariamente, nas quais coloca a bebida alcoólica na boca – mas não a engole.
Hermansson diz pertencer a um grupo limitado a 5% ou 10% da população que possui um sentido de gosto e olfato extremamente desenvolvidos. A profissão de provador é mundialmente reconhecida e os poucos especialistas tem postos integrais em grandes empresas.

Bob Parker, do Estado americano do Oregon, passou décadas provando em média 10 mil vinhos por ano, segundo a revista The Atlantic. Ao escrever o Guia Bimensal Independente do Consumidor para os Bons Vinhos, ele mudou o cenário da indústria vinícola.

Tracy Allen é outro degustador mundialmente conhecido que vive em kansas City, nos Estados Unidos. Sua reputação já lhe rendeu uma incumbência papal.

Em 2015, o Vaticano entrou em contato com ele e pediu que preparasse uma mistura especial de café para o papa Francisco durante sua visita aos Estados Unidos, segundo a imprensa local.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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