Empresa procura “o nariz que vale milhões”

A fábrica de vodca Absolut, está contratando. Ela quer um provador em tempo integral para seu principal produto, mas não é qualquer um que pode ocupar a posição. Eles querem substituir Per Hermansson, conhecido no meio como “o nariz de um bilhão de dólares”.

A empresa busca alguém capaz de perceber diferenças minúsculas no sabor e no aroma entre doses de diferentes lotes da bebidas.

Será um grande desafio para o candidato substituir seu antecessor. Per Hermansson está há 35 anos no ramo. Segundo a imprensa especializada, ele está por trás de muitos produtos da empresa – que começou na Suécia e é controlada pela multinacional francesa Pernod Ricard.

Em uma entrevista para o Business Insider, Per Hermansson afirmou que realiza 20 sessões de prova de bebidas diariamente, nas quais coloca a bebida alcoólica na boca – mas não a engole.
Hermansson diz pertencer a um grupo limitado a 5% ou 10% da população que possui um sentido de gosto e olfato extremamente desenvolvidos. A profissão de provador é mundialmente reconhecida e os poucos especialistas tem postos integrais em grandes empresas.

Bob Parker, do Estado americano do Oregon, passou décadas provando em média 10 mil vinhos por ano, segundo a revista The Atlantic. Ao escrever o Guia Bimensal Independente do Consumidor para os Bons Vinhos, ele mudou o cenário da indústria vinícola.

Tracy Allen é outro degustador mundialmente conhecido que vive em kansas City, nos Estados Unidos. Sua reputação já lhe rendeu uma incumbência papal.

Em 2015, o Vaticano entrou em contato com ele e pediu que preparasse uma mistura especial de café para o papa Francisco durante sua visita aos Estados Unidos, segundo a imprensa local.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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