O Palácio do Planalto tem utilizado o café servido como metáfora para ilustrar a estratégia do presidente Lula visando as eleições de 2026. A ideia é não tentar agradar a todos servindo um expresso com pouco ou muito adoçante, mas sim focar em atender a indignação dos eleitores. O plano envolve elevar o tom dos ataques ao statu quo, reforçando o coro do ‘nós contra eles’, combinado com medidas que impactem no bolso da classe média. Lula deverá se aproximar de sua figura política mais controversa, atacando as elites e adotando uma postura antissistema.
A estratégia de Lula para a eleição inclui a conexão com a indignação dos eleitores, com críticas à Faria Lima e ao Congresso. O plano prevê bandeiras como a redução da jornada de trabalho, taxação de grandes fortunas e tributação das bets. A polarização será impulsionada pelo bunker eleitoral do presidente e pela guerra digital do PT contra a oposição. Aliado a isso, Lula conta com o marqueteiro Sidônio Palmeira e o ministro desecretaria-geral Guilherme Boulos para mobilizar os movimentos sociais.
O PT renovou seu braço de comunicação para aumentar engajamento nas discussões. Montou equipe própria e influenciadores digitais para espalhar conteúdos de interesse de Lula. O objetivo é propagar informações que nutram a polarização política. Além disso, Lula aposta em medidas eleitorais para reconquistar parte da classe média, como isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$5 mil e um novo modelo de crédito imobiliário. A estratégia é vencer as eleições de 2026 antecipadamente, em 2025, girando a máquina pública a favor da reeleição do líder petista.
O direcionamento adotado por Lula para as eleições de 2026 contrasta com suas críticas a Bolsonaro em 2022, quando acusou o presidente de usar a máquina pública em benefício eleitoral. Lula agora ativa o modo eleitoral antes do horário do expediente. A estratégia do presidente é clara: conectar-se com a indignação popular e polarizar o debate político em busca da reeleição.




