A IA na Educação: Impactos, Riscos e Potencial para Estudantes do Ensino Médio

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O uso da Inteligência Artificial nos estudos tem sido cada vez mais comum, gerando discussões sobre os impactos, riscos e potencial dessa tecnologia na educação. De acordo com especialistas, é fundamental que os alunos aprendam a fazer boas perguntas e não terceirizem seu primeiro pensamento. Como parte desse debate, o programa Fique Por Dentro aborda o uso da IA na Educação, trazendo à tona questões relevantes sobre como essa ferramenta pode melhorar o desempenho dos estudantes e os cuidados necessários para seu uso ético e eficiente.

Estudantes do ensino médio já estão utilizando assistentes virtuais, geradores de resumo e simulados personalizados por meio da Inteligência Artificial. Pesquisas indicam que sete em cada dez alunos se beneficiam dessa tecnologia. No entanto, é essencial questionar até que ponto a IA pode contribuir positivamente para a aprendizagem e quais as precauções que devem ser tomadas para garantir um uso adequado e benéfico.

Em uma entrevista, o professor Ademar Celedônio, especialista em ensino e inovações educacionais, destacou os avanços da IA, incluindo as chamadas “IAs generativas”. Ele comparou esse surgimento a tecnologias transformadoras do passado, como o petróleo e a eletricidade, e ressaltou o poder de transformação social dessas ferramentas. Celedônio ainda alertou para os riscos do uso inadequado da IA, que pode enfraquecer a capacidade dos estudantes e levá-los a automatizar o pensamento sem questionamento crítico.

Um dos desafios éticos relacionados ao uso da IA está na presença de vieses nos algoritmos, que podem reproduzir preconceitos e distorcer respostas sobre questões complexas da sociedade. Além disso, há preocupações com o vício e a perda de capacidade cognitiva dos estudantes que dependem excessivamente da IA para seus estudos. É necessário estar atento aos impactos negativos que essa tecnologia pode causar, como a chamada “brain rot”, que se refere à deterioração mental provocada pelo consumo de conteúdos superficiais e pouco desafiadores.

Para utilizar a IA de forma eficaz nos estudos, Celedônio enfatiza a importância de fazer boas perguntas e não apenas solicitar correções automáticas de redações, por exemplo. Ele destaca que é essencial direcionar o aprendizado de forma crítica e consciente, a fim de evitar a automatização do pensamento e promover a reflexão e o questionamento. Os educadores estão buscando formas criativas de identificar trabalhos realizados por IA, como resgatar as provas orais e incentivar os alunos a explicar oralmente seu processo de pesquisa.

Diante do avanço da IA na educação, é fundamental que os estudantes dominem essa tecnologia com consciência crítica e ética, sem terceirizar seu conhecimento. Utilizar a IA como uma ferramenta complementar, sem substituir a capacidade de pensar por si próprio, é essencial para um aprendizado eficaz e responsável. Nesse contexto, combater a dispersão e promover a reflexão crítica são passos importantes para garantir um uso saudável e benéfico da Inteligência Artificial no ambiente educacional.

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