‘A infertilidade é do casal, os dois juntos precisam do tratamento’, diz especialista

“Acima dos 35 anos as taxas de fertilidade vão diminuindo, por isso a dificuldade para engravidar é maior”

A infertilidade é uma temática que está sempre em pauta, e é por isso que o médico especialista em reprodução assistida Vinícius Oliveira, em entrevista ao jornal Diário do Estado explicou quais os fatores de risco e formas de tratamento.

A definição de infertilidade parte do momento em que um casal depois de um período de 12 meses de vida sexual ainda exista a dificuldade de ter um filho. A partir disso, o médico explica que é preciso descobrir as causas da infertilidade, que podem ser tanto do fator masculino quanto do feminino. “É importante definir isso porque é pela causa que será possível indicar o melhor tratamento”, diz.

Um dos fatores de risco para a infertilidade é a idade. “Acima dos 35 anos as taxas de fertilidade vão diminuindo, por isso a dificuldade para engravidar é maior”, explica o médico. Mas, além da idade outros fatores podem influenciar, como por exemplo, o sobrepeso, o uso de drogas ilícitas, as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), o tabagismo, assim como os próprios distúrbios hormonais. “A infertilidade é do casal, por isso é importante que os dois comecem o tratamento com o especialista juntos”, alerta Vinícius.

Segundo o médico, após os 40 anos o índice de infertilidade sobe para 80%. “Então, a gente sempre orienta que a partir dos 35 anos não se espere para ter uma gestação e não deixe para os 40 anos, porque depois a taxa de infertilidade é muito alta”, complementa.

Congelamento de óvulos

Congelar óvulos não é mais novidade para os especialistas em reprodução assistida e muito menos para as mulheres que desejam engravidar após os 35 anos, visto que este procedimento tem sido cada vez mais procurado nos últimos 2 anos. Atualmente, grande parte das mulheres pensa em engravidar somente após a conquista do sucesso profissional que, geralmente, ocorre acima dos 30 anos. Nesta idade, as mulheres são jovens e estão com a saúde em perfeito estado, porém, para engravidar, a idade superior a 35 anos é considerada acima do ideal do ponto de vista biológico.

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Hetrin alerta sobre riscos do uso de suplementos vitamínicos sem orientação

A rotina agitada muitas vezes impede refeições equilibradas e hábitos saudáveis, resultando em fraqueza e cansaço. Com a ingestão reduzida de legumes, frutas e verduras, muitos recorrem a suplementos vitamínicos, sem orientação, o que pode trazer riscos à saúde.

Médica do pronto-socorro do Hetrin (Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos), Natália Sardinha alerta sobre os riscos de usar suplementos vitamínicos sem orientação médica, o que pode trazer sérios riscos à saúde.

“A suplementação deve ser considerada apenas quando há uma deficiência diagnosticada, sendo essencial que o médico avalie os sintomas do paciente e, se necessário, solicite exames para confirmar a necessidade de reposição”, orienta a médica da unidade de saúde do Governo de Goiás.

Ela ressalta que, em muitos casos, uma dieta balanceada é suficiente para fornecer os nutrientes essenciais sem a necessidade de suplementação adicional.

Para os idosos, porém, a médica observa que as mudanças fisiológicas, associadas ao envelhecimento, como a alteração do olfato e paladar, podem afetar a alimentação.

“A idade avançada pode aumentar a necessidade de proteínas, reduzir a biodisponibilidade da vitamina D e diminuir a absorção de nutrientes como a vitamina B6, fatores que tornam a avaliação nutricional ainda mais importante”, explica a médica.

Suplementos vitamínicos

O alerta aponta que o uso de vitaminas, sem acompanhamento profissional, pode ser prejudicial.

“O uso excessivo de vitaminas pode, por exemplo, levar à intoxicação, além de afetar órgãos como os rins e o fígado”, pontua Dra. Natália.

Outro ponto preocupante são as recomendações não verificadas nas redes sociais com promessas de benefícios como rejuvenescimento, fortalecimento de cabelo, imunidade e disposição.

“Seguir essas indicações pode levar ao consumo desnecessário de vitaminas, sobrecarregando o organismo”, adverte a médica, reforçando a importância de consultar sempre um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tipo de suplementação, garantindo segurança e eficácia no tratamento.

 

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