O ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) demonstrou irritação com o governo após a Câmara rejeitar a cassação do deputado Glauber Braga (PSol-RJ) e aprovar apenas a suspensão do mandato do psolista por seis meses. Lira ficou incomodado com a atuação de integrantes do Palácio do Planalto, que, segundo aliados, estariam trabalhando para salvar Glauber, considerado um inimigo político por Lira. De acordo com fontes, o secretário de Assuntos Legislativos do Planalto, André Ceciliano, teria até ameaçado cortar emendas de deputados que votassem a favor da cassação. A principal irritação de Lira foi com seu pupilo Hugo Motta (Republicanos-PB), atual presidente da Câmara, que pautou a cassação de Glauber sem saber se teria votos suficientes. A perda do mandato de Glauber era algo pessoal para Lira, que viu essa atitude de Motta como uma falta de alinhamento com os parlamentares. Lira chegou a reclamar em grupos de WhatsApp sobre a gestão de Motta, alegando desorganização na Casa. Na festa de aniversário do ministro da Previdência Wolney Queiroz, Lira foi elogiado e pedido para intervir na atuação de Motta, enquanto este foi criticado pela postura adotada recentemente.