A pedido do MP-GO, Justiça eleitoral manda prefeita de Santa Isabel apagar postagens em rede social

A prefeita de Santa Isabel, Cássia Silva Caixeta Dourado, tem 48h para retirar todas publicações de caráter eleitoral das redes sociais oficial do município. Essa representação foi feita pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), por intermédio da Promotoria Eleitoral, deferida pelo juiz Cristian Assis, da 72ª Zona Eleitoral.

A ação de representação por propaganda irregular foi ajuizada pelo promotor de Justiça Wessel Teles de Oliveira. O promotor entende que existe também uma improbidade administrativa no fato. 

Na representação eleitoral, Wessel Teles de Oliveira afirmou que a prefeita Cássia Dourado tem utilizado o perfil institucional do município para fins eleitoreiros. Nas publicações do perfil oficial do município tem um vídeo em que foram capturadas imagens utilizadas como formas velada de propaganda eleitoral.

O promotor de Justiça explica que ação da prefeitura configura propaganda irregular antecipada, por meio de divulgação de publicações no perfil institucional e realização de carreata antes do período de propaganda eleitoral permitido em lei.

As publicações são lidas por Wessel Teles de Oliveira como promoção pessoal, ressaltando ressaltando o lançamento, a realização e a inauguração de obras no município, bem como o recebimento de máquinas e equipamentos. Nas postagens, a prefeita está acompanhada por deputados, secretários, vereadores, funcionários e moradores das regiões beneficiadas. 

Na ACP por ato de improbidade administrativa, o MP-GO requereu a condenação de Cássia Dourado com base na Lei 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa) e pagamento de R$ 100 mil por dano moral coletivo. A prefeita devem ainda retirar imediatamente todas publicações que contenha promoção o pessoal no perfil institucional do município de Santa Isabel no Facebook, em 24 horas, para cada dia de atraso será aplicada ena no valor de R$ 10 mil.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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