A armadilha dos antibióticos: sua boca pode ser a primeira a sentir o impacto
Da automedicação à resistência antimicrobiana, o uso indevido desses remédios
esconde perigos para a sua saúde, inclusive a bucal
De De O uso indiscriminado de antibióticos é um risco que afeta a saúde bucal e
pode custar sua vida — Foto: Freepik
O uso indiscriminado de antibióticos é um risco que afeta a saúde bucal e pode
custar sua vida — Foto: Freepik
É um roteiro comum em muitas famílias brasileiras: a criança com febre, um
resfriado que se arrasta, uma dor de garganta. Quase de forma automática, a
solução parece estar na caixinha de remédios ou, em um pulo à farmácia, no
antibiótico “que o vizinho usou e melhorou”. A automedicação é um vício
cultural, um atalho perigoso que, segundo especialistas, está pavimentando o
caminho para uma das maiores ameaças à saúde pública do nosso século: a
resistência antimicrobiana.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já cunhou um termo assustador para esse
fenômeno: a “crise silenciosa”. Trata-se do momento em que as bactérias, de
tanto conviverem com os antibióticos, aprendem a se proteger deles. O resultado
é que infecções que antes seriam facilmente tratadas, como uma pneumonia ou até
uma simples infecção urinária, podem se tornar fatais.
O cenário é de filme de terror: o relatório O’Neill, de 2016, projeta que se não
houver uma ação coordenada global, a resistência antimicrobiana poderá ser
responsável por até 10 milhões de mortes por ano até 2050, superando o câncer
como principal causa de morte. Além disso, dados mais recentes do The Lancet, de
2022, já ligam essa resistência a mais de 4,95 milhões de óbitos anuais no
mundo. E o Brasil, infelizmente, não está imune: a estimativa da Anvisa e do
Ministério da Saúde é de 48 mil mortes anuais por infecções resistentes.
Mas o que tudo isso tem a ver com o seu sorriso? A resposta é: muito mais do que
você imagina.
A ODONTOLOGIA NO EPICENTRO DO COMBATE ÀS SUPERBACTÉRIAS
De consultório do dentista, por incrível que pareça, é um dos campos de batalha
nessa guerra contra a resistência antimicrobiana. De acordo com uma revisão
publicada em 2023 no Journal of Global Antimicrobial Resistance e indexada pelo
National Center for Biotechnology Information (NCBI), a prescrição de
antibióticos em odontologia representa cerca de 10% do total global. E, embora
muitos desses casos sejam necessários para tratar infecções graves, os autores
alertam que uma proporção significativa é inadequada. Isso acontece tanto pela
falta de conhecimento de alguns profissionais quanto pela pressão de pacientes
que chegam buscando uma “solução rápida” para qualquer incômodo.
Para o Dr. Frederico Coelho (CRO-GO 5621), fundador do CROOL Centro
Odontológico, Mestre e Doutor em Implantodontia, a responsabilidade é de todos:
“O dentista precisa ser um guardião da saúde do paciente, e isso inclui uma
prescrição consciente. Infecções bucais nem sempre exigem antibióticos. Muitas
vezes, um tratamento mecânico, como a drenagem de um abcesso ou o tratamento de
canal, resolve o problema na raiz, sem a necessidade de expor o paciente aos
riscos de uma medicação desnecessária.”
E o que acontece quando o uso de antibióticos se torna uma rotina? Os efeitos
colaterais podem ir além da resistência das bactérias.
UM SORRISO PODE CAMUFLAR UMA MICROBIOTA EM DESEQUILÍBRIO
Nossa boca é um ecossistema complexo, repleto de bactérias, a chamada
microbiota bucal. E, assim como o microbioma intestinal, ela desempenha um papel
fundamental na nossa saúde. O uso indiscriminado de antibióticos é como jogar
uma bomba nesse ecossistema. Ao matar as bactérias “ruins” que causam uma
infecção, ele também atinge as bactérias “boas” que nos protegem.
Esse desequilíbrio na flora bucal pode levar a uma série de problemas, como o
aumento do risco de cáries. Isso porque a redução das bactérias protetoras abre
espaço para que as bactérias que produzem ácido (a principal causa da cárie) se
proliferem.
Além disso, há um efeito colateral ainda mais visível e que atinge em cheio a
estética do sorriso: o escurecimento dos dentes. A tetraciclina, um tipo de
antibiótico, é notória por causar manchas permanentes nos dentes quando
administrada durante a formação dentária, ou seja, na infância. É o tipo de
herança que ninguém quer deixar.
TRATAMENTOS ALTERNATIVOS E O PAPEL DA SAÚDE BUCAL
A medicina e a odontologia estão cada vez mais interligadas. Um exemplo perfeito
é o tratamento da sinusite crônica. Um estudo recente da University College
London sugere que a cirurgia pode ser mais eficaz do que o uso prolongado de
antibióticos para tratar a doença. Esse achado reforça a ideia de que nem toda
infecção crônica deve ser tratada com antibióticos, e que a abordagem cirúrgica
pode ser uma opção mais sustentável e segura.
E é aí que entra a importância da saúde bucal. Assim como já foi destacado em
uma matéria na DE
, ir ao dentista antes de qualquer cirurgia programada é essencial para evitar
complicações. Uma infecção bucal, mesmo que assintomática, pode servir como um
foco de contaminação e, em casos mais graves, levar a uma infecção generalizada
no pós-operatório.
Para o Dr. Frederico Coelho a profilaxia odontológica é um passo crucial: “É um
trabalho preventivo que demonstra a interconexão da saúde. A boca é a porta de
entrada para o corpo. Garantir que ela esteja saudável antes de qualquer
procedimento cirúrgico é um ato de responsabilidade e segurança.”
PREVENIR É O MELHOR REMÉDIO: O QUE FAZER PARA EVITAR A RESISTÊNCIA
ANTIMICROBIANA?
A luta contra a resistência antimicrobiana começa por você. Seguir as
orientações de profissionais de saúde é o primeiro passo para reverter esse
cenário assustador.
* Não se automedique: Nunca tome antibióticos por conta própria, nem os de
“sobra” de tratamentos antigos. Cada caso é único e a dosagem precisa ser
precisa.
* Siga a prescrição à risca: Se o dentista ou médico prescrever um antibiótico,
tome-o exatamente como indicado, respeitando os horários e a duração do
tratamento. Interromper o uso antes do tempo pode não eliminar as bactérias
mais resistentes, permitindo que elas se multipliquem.
* Converse com o dentista: Em caso de dor de dente ou inchaço, procure um
profissional. Somente um exame detalhado pode dizer se o problema é uma infecção
bacteriana ou se pode ser resolvido com um tratamento local.
CROOL: CUIDADO E EXPERTISE NA SUA SAÚDE BUCAL
A saúde do seu sorriso é reflexo da sua saúde geral. Por isso, a escolha de um
bom profissional é fundamental. O CROOL Centro Odontológico, fundado pelo Dr.
Frederico Coelho, é um espaço dedicado ao cuidado integral do paciente.
Com uma equipe multidisciplinar e expertise em tratamentos complexos, como a
implantodontia e a cirurgia oral, o CROOL é o lugar ideal para suas consultas de
rotina, que são a melhor forma de prevenção. Além disso, a clínica oferece um
serviço de emergência odontológica para casos de dor ou infecção aguda, garantindo
que você tenha o diagnóstico e o tratamento corretos, sem a necessidade de recorrer
à automedicação. A odontologia é aliada da saúde. E o CROOL é aliado da sua.
Cuidado odontológico? CROOL, é lógico!
Fonte: CROOL Centro Odontológico
Dentista responsável: Dr. Frederico Coelho (DE-GO 5621), fundador do CROOL
Centro Odontológico, é Mestre e Doutor em Implantodontia. Instagram:
@fredericocoelho
Endereço: Av. 85, n°1.909, Setor Marista, Goiânia-GO. Contatos: 62 3941-3131 e
62 99254-4365. Instagram: @croolodontologia