A resistência dos ricos à perda mínima de ganhos: a luta de classes em ação

A resistência dos ricos e muito ricos à perda mínima dos seus ganhos tem sido um ponto de atrito constante na sociedade. Aqui, observamos a clássica luta de classes em ação. O dito “mercado” financeiro detesta Lula, certo? Uma pesquisa da Genial-Quaest que ouviu 102 operadores do “mercado” no Rio e São Paulo mostrou que 98% deles acreditam que a economia irá piorar, 90% não confiam no governo e 85% são contra a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até cinco salários-mínimos.

Para o diretor da Quaest, Felipe Nunes, os números expressam a reação do “mercado” ao pacote de corte de gastos do governo apresentado pelo ministro Fernando Haddad, da Fazenda. Entre os entrevistados, 86% acreditam que Lula está preocupado com sua popularidade e 29%, com o equilíbrio das contas públicas. A avaliação do Congresso também piorou, segundo Nunes, e uma possível explicação para isso é que o “mercado” acredita que a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil acabará sendo aprovada, mas o aumento da tributação para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, não.

Por “mercado financeiro”, entendam-se os gestores, economistas, analistas e operadores de fundos de investimento. De fato, eles detestam Lula, mas não só ele. Detestam qualquer governante que tente fazer do Brasil um país menos desigual cobrando sacrifícios do andar superior, por menores que sejam os sacrifícios. A abolição do sistema escravagista brasileiro foi uma das últimas do mundo a ser implementada e ocorreu apenas em 13 de maio de 1888, o que nos deu o título de último país da América Latina a acabar com a escravidão. Os que mandavam no Brasil diziam que o fim da escravidão prejudicaria a economia – uma falácia.

Quando Getúlio Vargas assinou em 1943 a Consolidação das Leis do Trabalho, os ricos e muito ricos igualmente se opuseram e pela mesma razão. Assim como se opuseram em 1962 à criação do 13º salário, reivindicação dos trabalhadores que pressionaram o Congresso por meio de greves e abaixo-assinados. Foi João Goulart, o vice que assumiu o poder depois da renúncia do presidente Jânio Quadros em 1961, que promulgou a lei do 13º salário. Dois anos depois, os militares se juntaram à direita e aos falsos liberais para derrubar Goulart, o presidente das reformas, que preferiu abandonar o país a provocar um banho de sangue.

O dito “mercado” não seria contra a isenção da cobrança de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil se isso fosse feito às custas de cortes de despesas com programas que atendem aos pobres e aos muito pobres. Mas o governo quer taxar quem tem renda superior a R$ 600 mil por ano e paga menos que isso. Aí está o cerne da questão. Os imexíveis querem continuar sendo imexíveis para sempre e resistem a qualquer proposta que mexa com seus privilégios. É a velha “luta de classes”, meu bem, por mais que a expressão amaldiçoada tenha caído em desuso.

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Entregador de gás é morto a tiros em PE: autoridades investigam o crime

Entregador de gás de cozinha é morto a tiros enquanto trabalhava em PE

No bairro Cidade Jardim, em Caruaru, Pernambuco, o entregador de gás de cozinha Ronaldo dos Santos Lira, de 34 anos, foi morto a tiros enquanto realizava uma entrega. O crime chocou os moradores da região e está sendo investigado pela Polícia Civil local para esclarecer a motivação e autoria do crime.

Os disparos de arma de fogo que vitimaram o entregador geraram pânico entre os moradores da área, que saíram de suas casas para verificar o que estava acontecendo. A violência no ambiente de trabalho infelizmente é uma realidade que tem se mostrado cada vez mais presente, gerando preocupação e insegurança.

Infelizmente, casos como o de Ronaldo dos Santos Lira não são isolados. Em diversas regiões do país, entregadores têm sido alvo de violência durante o exercício de suas atividades. É importante que as autoridades competentes estejam atentas a essa questão e trabalhem para garantir a segurança desses profissionais, que desempenham um papel essencial na sociedade.

A notícia da morte do entregador de gás de cozinha em Caruaru se soma a uma triste estatística de violência contra esses trabalhadores. Além da dor da perda, a família de Ronaldo dos Santos Lira enfrenta agora a busca por justiça e respostas para o que motivou esse crime brutal.

É fundamental que a sociedade como um todo se una para repudiar atos de violência como esse, cobrando medidas efetivas das autoridades para evitar que tragédias como essa se repitam. A segurança dos trabalhadores, especialmente daqueles que prestam serviços essenciais como a entrega de gás de cozinha, deve ser uma prioridade em qualquer comunidade.

O caso de Ronaldo dos Santos Lira também serve como um alerta para a importância de se valorizar e respeitar a vida dos profissionais que atuam nas mais diversas áreas. A violência não pode ser encarada como algo normal ou aceitável em nossa sociedade, e é preciso buscar soluções para garantir a proteção e a integridade daqueles que trabalham honestamente para sustentar suas famílias.

Diante de mais essa tragédia envolvendo um entregador, é fundamental que a investigação seja conduzida de forma transparente e eficiente, para que a justiça seja feita e que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados. A sociedade espera respostas e ações concretas para evitar que novas vidas sejam perdidas de forma tão brutal e injusta como a de Ronaldo dos Santos Lira.

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