Bagdá, personagem interpretado por Xamã em ‘Três Graças’, chama atenção pelos seus looks ousados e estéticos, que incluem estampas de animais e joias maximalistas. Em sua comunidade fictícia, passou a ser chamado de ‘traficunt’, termo adotado pela internet recentemente. O termo ‘cunt’, anteriormente um xingamento machista, ganhou uma nova roupagem a partir da cultura ballroom e queer, passando a representar poder e subversão para a comunidade LGBTQIA+. Ao se vestir de modo ousado, os indivíduos começam a ‘servir cunt’, demonstrando força e desafiando os padrões de beleza. Na novela, a figurinista Paula Carneiro explora esse conceito nos personagens, como Bagdá, que possui um figurino extravagante e ousado. A influencer Sarah Scar também adota o termo, exibindo looks agênero e maximalistas nas redes sociais, como forma de expressão. A linguagem utilizada pela comunidade LGBTQIA+ mistura performance, humor e reinvenção de identidades, transformando ofensas em celebração. A palavra ‘cunt’ é apenas um exemplo desse fenômeno, assim como o termo ‘drag queen’, que também passou por processos semelhantes de ressignificação.




