A romantização das relações entre fãs e artistas no K-Pop

a-romantizacao-das-relacoes-entre-fas-e-artistas-no-k-pop

Na superfície, a história parece tratar dos pensamentos intrusivos das protagonistas e de como elas farão para superar suas inseguranças. Uma se sente irritada demais, outra se considera esquisita demais e a principal teme não ser amada ao revelar suas características mais pessoais. Uma trama que remete a grandes obras como Shakespeare.

No centro da história, as heroínas competem pelo coração (e a alma!) dos fãs com uma banda de garotos que se revelam vilões. Isso destaca a existência de um fandom positivo versus um fandom negativo, abordando a dinâmica comum em redes sociais.

Entretanto, o enredo perde a chance de abordar de maneira mais profunda a cultura do fã. Em vez disso, reforça estereótipos e celebra a toxicidade desse universo. A dicotomia entre um fandom ‘do bem’ e um ‘do mal’ é cada vez mais presente, refletindo as disputas entre admiradores de diferentes artistas.

Além disso, as protagonistas são apresentadas como as únicas responsáveis por suas carreiras, decidindo detalhes importantes sem considerar a estrutura corporativa por trás dos artistas. Essa representação poderia ser mais realista, mostrando a influência de equipes, gravadoras e agentes nas decisões dos artistas.

O aspecto mais complexo do enredo envolve a relação entre fãs e artistas, mostrando como as heroínas lidam com essa interação. A romantização dessa conexão pode distorcer a realidade, levando os fãs a expectativas irreais e os artistas a uma pressão constante para se encaixar nesses padrões.

Em suma, a história das ‘Guerreiras do K-Pop’ oferece uma perspectiva intrigante sobre a dinâmica entre fãs, artistas e a indústria musical. Ao mesmo tempo que romantiza essa relação, levanta questões importantes sobre a cultura do fandom e o papel dos artistas nesse cenário.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp