A uma semana das eleições, como estavam as pesquisas em 2018?

Candidatos à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Eleições

De acordo com as atuais pesquisas, a disputa para presidente da República nas Eleições 2022 apresenta uma polarização entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL), com vantagem do petista. Há quatro anos, nos levantamentos que antecederam o primeiro turno, o atual presidente detinha uma boa vantagem em relação a Fernando Haddad (PT).

Pesquisas nas eleições 2018

Levando em conta as pesquisas Ibope das Eleições 2018 (atualmente, Ipec), Bolsonaro liderava a corrida presidencial desde agosto. No dia 20 daquele mês, o candidato apresentava 28% das intenções de voto. Naquele momento, Haddad, com 4%, sequer aparecia em segundo. Marina Silva detinha 10%, Ciro Gomes, 9%, e Geraldo Alckmin, 7%.

Haddad assumiu a segunda colocação nas intenções de voto em 18 de setembro, a menos de três semanas do primeiro turno. O petista tinha 18%, enquanto Bolsonaro apresentava 36%. Na pesquisa de 1º de outubro, a uma semana das Eleições, Bolsonaro estava com 39% e Haddad, com 21%. Em 6 de outubro, na véspera do pleito, Bolsonaro tinha 41% e Haddad, 25%.

Com o Datafolha, não foi diferente. Na pesquisa de 22 de agosto, Bolsonaro tinha 22% e Haddad, 4%. No levantamento de 4 de outubro, três dias antes das Eleições, Bolsonaro possuía 35%, enquanto Haddad estava com 22%. Em 6 de outubro, na véspera do pleito, Bolsonaro tinha 40% e Haddad, 25%.

O último cenário no qual Bolsonaro não liderava, de acordo com o Datafolha, foi em 22 de agosto. Naquela data, o instituto realizou a pesquisa com e sem o nome de Lula. Com a presença do ex-presidente, Bolsonaro aparecia em segundo, com 19%, e o petista acumulava 39%. Porém, como houve indeferimento da candidatura de Lula, o cenário mudou.

Na totalização dos votos do primeiro turno das Eleições 2018, Bolsonaro ficou com 46,03%, e Haddad fechou com 29,28%. Ambos foram para o segundo turno.

Portanto, na última pesquisa do Ibope antes do pleito, Bolsonaro oscilou cinco pontos para cima, e Haddad subiu quatro. No Datafolha, a diferença em relação às pesquisas foi de seis pontos percentuais para mais de Bolsonaro, e quatro pontos para Haddad. A margem de erro era de dois pontos.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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