A vida e legado de Jards Macalé

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou a morte de Jards Macalé, ressaltando que o artista sempre defendeu a valorização da cultura e transformou seu talento em uma luta constante contra o autoritarismo. Macalé faleceu aos 82 anos, vítima de um enfisema pulmonar, após uma parada cardíaca no Rio de Janeiro. Lula destacou que o cantor acreditava na conexão entre política e amor, afirmando que ‘o amor é um gesto político’.

Lula recordou momentos em que esteve ao lado de Macalé, mencionando sua participação no ‘Festival do Futuro’ após a posse do presidente em 2023. O cantor, criado em meio ao samba e à música erudita, construiu uma obra marcada pelo experimentalismo e parcerias com artistas renomados como Waly Salomão e Caetano Veloso. Jards Macalé transitou entre diversos estilos musicais e poesia marginal, deixando um legado reverenciado por diferentes gerações.

Ele era autor de clássicos como ‘Vapor Barato’ e ‘Movimento dos Barcos’, tendo contribuído como produtor e violonista no icônico álbum ‘Transa’, de Caetano Veloso. A visão de mundo do cantor, que valorizava a cultura e combatia o autoritarismo através de sua arte, fez com que ele fosse um importante nome na música brasileira. Sua produção intensa e premiada marcou a história da MPB, mantendo-se relevante até os últimos anos.

Jards Macalé será lembrado não apenas por sua genialidade como cantor e compositor, mas também por sua postura política e seu compromisso com a arte como instrumento de luta. Sua influência e legado continuarão vivos, inspirando novas gerações a usarem a música como forma de resistência e expressão de ideias. A voz de Macalé ecoará por muito tempo, lembrando-nos de que o amor, a cultura e a liberdade são pilares fundamentais em tempos de desafios e transformações.

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