Em um país como o Brasil, onde os ativos financeiros tendem a ter correlação positiva, a volatilidade implícita do câmbio se torna um indicador importante para compreender como o mercado reage às informações sobre eventos futuros e incertos, como as eleições presidenciais. De acordo com a Jubarte Capital, historicamente, a volatilidade da moeda brasileira costuma aumentar entre três e seis meses antes das eleições, refletindo os riscos potenciais que surgem à medida que a data da votação se aproxima.

A análise realizada pela Jubarte Capital revela que os chamados ‘riscos de saltos’ no câmbio se intensificam à medida que a competição eleitoral se torna mais acirrada. Isso significa que a incerteza em relação ao resultado das eleições pode levar a movimentos bruscos e imprevisíveis no mercado de câmbio, impactando diretamente a volatilidade da moeda. Portanto, os investidores e analistas costumam monitorar de perto os níveis de volatilidade implícita como um indicador-chave para antecipar possíveis cenários futuros.

Apesar da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência, a Jubarte Capital destaca que os níveis atuais de volatilidade implícita do câmbio no Brasil permanecem relativamente baixos. Isso pode indicar que, até o momento, o mercado financeiro não está precificando grandes turbulências ou mudanças significativas no cenário político em relação às eleições. No entanto, é importante ressaltar que a dinâmica política pode mudar rapidamente, influenciando diretamente a volatilidade do câmbio.

Diante desse cenário, a análise da Jubarte Capital sugere que os investidores devem permanecer atentos aos desdobramentos políticos e econômicos, pois qualquer mudança inesperada pode gerar impactos substanciais no mercado de câmbio. A volatilidade implícita é uma ferramenta essencial para compreender a percepção do mercado em relação aos eventos eleitorais e pode fornecer insights valiosos para orientar as estratégias de investimento durante esse período sensível.