O retorno do horário de verão deve ajudar a movimentar o setor de bares e restaurantes em Goiás. A Abrasel, associação que representa o segmento, acredita que a hora a mais de clientes nas mesas deve aumentar os gastos por pessoa em até 10%.
“As pessoas saindo do trabalho e tendo disposição para compartilharem momentos em bares e restaurantes. É muito favorável. Isso realmente impulsiona a frequência nesses estabelecimentos”, explica a diretora-executiva da Abrasel em Goiás , Fernanda Fernandes.
De acordo com ela, os bares e restaurantes podem faturar R$ 6 bilhões neste ano, sendo R$ 2 bilhões somente em Goiânia. Fernanda acredita que os números estão associados ao aumento do polo gastronômico em todo o estado.
“O setor de alimentação fora do lar está em plena recuperação. A economia está bem ativa para o segmento. As pessoas realmente estão querendo frequentar esses lugares, conviver e circular em bares e restaurantes. Muitos estabelecimentos fechados as portas na pandemia, mas surgiram muitos novos estabelecimentos”, completa.
Para a maior parte dos entrevistados em uma pesquisa informal feito no Twitter do presidente eleito, Luís Inácio Lula da Silva (PT), o horário de verão deve retornar. Ao todo, 2,4 milhões de pessoas votaram na enquete cujo resultado foi 66% sim e 34% contra.
O assunto ganhou popularidade alguns dias atrás, quando o ator Bruno Gagliasso pediu pela mesma rede social ao vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, a volta do adiantamento dos ponteiros. A ideia está sendo avaliada.
O horário de verão foi extinto em 2019 como uma promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro. O retorno da medida reduziria a possibilidade de apagões e favoreceria os setores de turismo, alimentação e bebidas com a população aproveitando mais tempo de sol. Representantes do segmento pressionaram, mas não conseguiram êxito.
“Isso não vai voltar nesse governo, só mesmo se outro presidente assumir a partir de 2023. Essa pauta é passado. Já não temos mais risco de apagão. Quem acorda de madrugada não vai apoiar essa decisão. Mesmo com o horário de verão, a conta mensal vinha mais cara porque as termelétricas também eram utilizadas”, chegou a declarar.