Ação avalia 2 mil processos de violência doméstica

A 10ª Semana Nacional da Justiça Pela Paz em Casa teve inicio na manhã de ontem, 5, trazendo palestras que tratam de assuntos como ‘A comunicação não violenta’. O evento será realizado até sexta-feira, na Universidade Salgado Oliveira (Universo). A iniciativa é do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e em Goiás é promovida pela Coordenadoria Estadual da Mulher Em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-GO).

Segundo a coordenadora de equipe da Justiça Restaurativa do Fórum Criminal e psicóloga Thayssa Moiana, que concedeu entrevista ontem no estúdio do Diário do Estado, disse que a ação foi criada para sensibilizar e otimizar os julgamentos dos casos de violência doméstica. Com o tema Infidelidade e Novas Tecnologias, serão realizadas durante toda semana palestras, círculos reflexivos, círculos restaurativos e oficinas de autocuidado para mulheres; para sensibilizar a atenção pela causa, fortalecer essas mulheres e refletir com os homens sobre o assunto.

A expectativa é que o Tribunal de Justiça, em todo o estado, possa dar andamento a dois mil processos tratando sobre violência doméstica e feminicídio. Em Goiânia, estima-se que 300 casos sejam atendidos. Ainda segundo a coordenadora, a Semana da Justiça Pela Paz em Casa acontece três vezes ao ano. As próximas semanas estão previstas para os meses de agosto e novembro desse ano, com outra programação e outra proposta. O desafio do TJ é ampliar cada vez mais os atendimentos.

Para Thayssa Moiana é importante comemorar o dia da mulher porque a data “é um marco importante para despertar em todos nós o quanto a luta ainda é longa. É um processo de desconstrução de uma hegemonia masculina. Acho importante dizer que o feminismo não é querer que a mulher seja melhor do que os homens, é a gente querer estabelecer uma relação de igualdade”.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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