Ação civil contra aumento da passagem do transporte coletivo é encaminhada ao MP-GO

O vereador Alysson Lima encaminhou um pedido de abertura de ação civil contra o reajuste da tarifa do transporte coletivo, para o Ministério Público de Goiás. As empresas querem reajustar o valor atual de R$ 3,70 para R$ 4,05 previsto ainda para esse primeiro mês do ano. Uma das justificativas feita na representação apresentada pelo vereador é que o valor corresponde a 9,5% do aumento enquanto o salário mínimo teve um reajuste de apenas 1,81%, não chegando nem a 2%.

Além de ser pontuada a falta de segurança que há nos terminais e pontos de ônibus com a série de crimes como roubo, estupro, agressão e também superlotação que acontece por conta da falta de veículos em circulação. Outro questionamento é a falta de compromisso com os horários estabelecidos para as viagens, já que muitos usuários acabam esperando bastante tempo por uma linha que passa de uma em uma hora até.

“Primeiro, as concessionárias devem cumprir com as obrigações estabelecidas no contrato de concessão, para depois almejarem algum aumento, o que no presente momento é inadmissível até mesmo por se tratar de uma tarifa extremamente cara e que não pode sofrer reajustes em 2018 até que o preço esteja alinhado com a realidade econômica da capital” afirma no pedido de ação.

A ação já foi protocolada, mas o processo está na Superintendência Judiciária e ainda não foi distribuída por causa do recesso, a partir desta segunda-feira (08) deve ser encaminhada para os promotores.

O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha e também presidente da Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC) se posiciona contra o aumento.

O vereador Alysson Lima acredita que o aumento pode ser barrado já que as empresas não cumprem o exercício de proporcionar condições favoráveis para os usuários e também há um número significativo e visível em apoio contra o aumento.

 

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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