A Eagle vê “medidas ilícitas” de Textor e solicita na Justiça a suspensão de atos do americano no Botafogo. Acionistas afirmam que o empresário americano representa um risco financeiro para a companhia. O deputado opina sobre a tentativa de afastamento de Textor: “Fico preocupado, mas confio”.

A Eagle Football entrou com uma ação contra John Textor na 2ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro na semana passada. Os acionistas da empresa alegam que o americano cometeu “diversas medidas ilícitas” no comando do Botafogo nas últimas semanas e requerem a suspensão desses atos.

No processo, a Eagle declara que desde 2 de junho deste ano nenhuma ação societária pode ser tomada sem a anuência do diretor da empresa, o advogado escocês Christopher Mallon. No entanto, segundo a ação, Textor realizou movimentações sem a aprovação de Mallon, incluindo a “cessão de supostos créditos” do Alvinegro para uma empresa nas Ilhas Cayman, no valor de até 150 milhões de euros.

Essa cessão de créditos foi decidida em uma Assembleia Geral Extraordinária de Acionistas do Botafogo (AGE) e na Reunião do Conselho de Administração do Botafogo (RCA) em 17 de julho. Por isso, a Eagle solicita a suspensão de todos os efeitos da AGE e da RCA.

Na semana passada, o Botafogo levou o caso à Justiça do Rio de Janeiro e conseguiu congelar as ações da Eagle na SAF alvinegra. A empresa revidou exigindo a proibição de qualquer registro de contratos com pessoas físicas ou jurídicas em nome do Alvinegro sem a anuência da Eagle, argumentando que Textor representa um risco financeiro.

Os pedidos do documento são considerados necessários porque Textor agiu em conflito de interesses da AGE e da RCA em nome da Eagle. Os objetivos seriam “vincular as receitas do Botafogo a uma nova empresa constituída, pelo mesmo Sr. Textor, nas Ilhas Cayman” e diluir a participação acionária da Eagle.