Ação emocionante: guia resgata filhote de cachorro-vinagre na Chapada dos Veadeiros

DE retira filhote de cachorro-vinagre das águas e o devolve para a mãe; veja
vídeo

Ação foi na Chapada dos Veadeiros, no Complexo do Rio Caldeiras.

DE turístico resgata filhote de cachorro-vinagre na Chapada dos Veadeiros
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DE turístico resgata filhote de cachorro-vinagre na Chapada dos Veadeiros

Lucas Demarco estava conduzindo cinco turistas pelo Complexo do Rio Caldeiras,
na Chapada dos Veadeiros, quando ouviu um som diferente. Seguindo o ruído, o
guia turístico avistou um filhote de cachorro-vinagre sendo levado pelas águas
do rio.

> “Eu não pensei duas vezes, fui lá e peguei ele de dentro do rio. Em uma parte
> seca do outro lado do rio, eu ouvi sons de outros possíveis filhotes e o da
> mãe. Então soltei ele e pensei…’a mãe deve fazer o resgate’, então vou ficar
> aqui um pouquinho observando”, conta Lucas.

1 de 2 Filhote de cachorro-vinagre estava sendo levado pelas águas do rio —
Foto: Lucas Demarco

Filhote de cachorro-vinagre estava sendo levado pelas águas do rio — Foto: Lucas
Demarco

Após soltar o filhote próximo ao local onde ouviu outros cachorros-vinagre, a
fêmea adulta se aproximou para tentar resgatá-lo.

“Dá pra ver no vídeo que ela tá bem acuada, eu até dou uma aproximadinha assim,
um passo pra frente e ela vai na tentativa de pegar ele só que, quando ela
percebe a minha presença, ela solta ele. Mas ela não desiste, ela vê que eu
fiquei quieto e que talvez não ofereça ameaça, vai de novo, dá uma abocanhada
nele e leva”, relembra o guia.

2 de 2 Local do rescate do filhote — Foto: Lucas Demarco

Local do resgate do filhote — Foto: Lucas Demarco

A ESPÉCIE

De acordo com informações da ONG Onçafari, o cachorro-vinagre ocorre desde o
Panamá até o sul do Brasil. Está presente nos biomas Amazônia, Mata Atlântica,
Cerrado e Pantanal, porém, recentemente, foi registrado na Caatinga, fora da
área de ocorrência histórica da espécie.

Vivem em bandos de 2 a 12 indivíduos. Possuem uma coloração
castanho-avermelhada, e seus filhotes nascem acinzentados. Têm corpo comprido,
orelhas arredondadas e pernas curtas, com membranas entre seus dedos,
facilitando a locomoção na água.

Carnívoros, os cachorros-vinagre caçam, na maior parte das vezes, tatus e
grandes roedores, como pacas e cutias. Também se alimentam de ratos, coelhos,
gambás, quatis, lagartos teiú, cobras e aves terrestres. Ao caçar em bandos,
conseguem matar presas maiores, como capivaras, emas, veados e catetos.

A espécie se reproduz o ano todo, com macho e fêmea se separando do grupo nesse
período. A gestação varia de dois a três meses, podendo nascer entre um e seis
filhotes. O macho auxilia a fêmea durante toda a fase de cuidado parental.

É considerada como Quase Ameaçada (NT) de acordo com a IUCN. Porém, no Brasil, a
espécie é considerada Vulnerável (VU) pela lista nacional do ICMBio.

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Operação Latus Actio: Policiais denunciados por corrupção atuavam em esquema com MCs em SP

O Ministério Público do Estado de São Paulo denunciou dois policiais civis do 6º DP de Santo André por corrupção passiva. De acordo com a denúncia, Rodrigo Barros de Camargo e Adriano Fernandes Bezerra teriam solicitado propina a Henrique Alexandre Barros Viana, conhecido como “Rato”, para arquivar investigações contra os artistas MC Paiva, MC GHdo7 e MC Brisola. A ação faz parte da operação Latus Actio, que visa combater crimes contra a ordem tributária e de lavagem de dinheiro relacionados a empresas do ramo de entretenimento em São Paulo.

Na primeira fase da operação, em março, a Polícia Federal apreendeu telefones celulares que continham evidências de possíveis crimes. Em uma troca de mensagens, Rodrigo de Camargo marcou um encontro com Rato, proprietário da produtora Love Funk. Após o encontro na sede da produtora, em São Paulo, Rodrigo enviou um relatório de investigação ao Rato, referente à promoção de rifas ilegais nas redes sociais pelo MC Paiva, agenciado pela Love Funk.

A denúncia apresentada pelo Ministério Público pede a manutenção da prisão preventiva de Rodrigo de Camargo, além do afastamento de Adriano Fernandes Bezerra de suas funções. Os promotores concluíram que a investigação demonstra a prática de crimes e denunciaram os policiais por corrupção passiva, crime que prevê pena de dois a 12 anos de prisão.

Além dos policiais, os MCs Paiva, GHdo7 e Brisola também são alvos da denúncia. Os promotores solicitaram que a investigação seja remetida ao juizado especial criminal, devido aos indícios de práticas habituais de contravenção penal por exploração de jogos de azar nas redes sociais dos artistas.

Após a denúncia do MP, a defesa de Rodrigo Barros de Camargo solicitou à Justiça a revogação de sua prisão, alegando que não foram apresentadas provas que justifiquem a medida. Já os artistas envolvidos no caso, MC Paiva, Brisola e GHdo7, não se manifestaram até o momento.

A Polícia Federal e o Ministério Público continuam investigando o suposto esquema de pagamento de propina a policiais e a participação dos MCs nas atividades ilegais. As conversas entre os policiais e os artistas foram descobertas durante a Operação Latus Actio, que resultou na segunda fase das investigações em dezembro. A justiça autorizou buscas em diversas cidades, incluindo São Paulo, Mogi das Cruzes e São José dos Campos.

Durante o cumprimento do mandado de busca na residência de MC Paiva, o artista teria tentado destruir seus telefones celulares ao jogá-los no chão. Os policiais apreenderam os aparelhos, juntamente com uma Lamborghini, uma Range Rover e diversos itens de luxo. A investigação continua em andamento e novas informações podem surgir à medida que o caso avança.

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