Ação no aeroporto alerta passageiros sobre cobrança por mala despachada

A Ordem dos Advogados do Brasil Seção Goiás (OAB-GO) realizou, nesta sexta-feira (28), uma mobilização para alertar os passageiros sobre a cobrança de taxas por malas despachadas, no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia. O objetivo é conscientizar o consumidor sobre as mudanças previstas em uma resolução aprovada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em março deste ano.

De acordo com a presidente da Comissão de Direitos do Consumidor da OAB-GO, Renata Abalém, o objetivo da resolução era diminuir o valor das passagens para facilitar o acesso da população ao transporte aéreo, o que, segundo ela, não vem acontecendo. Ela afirmou que ações civis públicas propostas pela Ordem e pelo MPF pedem o fim da cobrança por mala despachada.

“O que a gente percebe é que tem acontecido o oposto disto. Além das passagens continuarem caras, o consumidor está tendo que arcar mais ainda para fazer o pagamento por mala despachada. A OAB já está tomando as providências junto ao Ministério Público e aos órgãos de defesa do consumidor para tentar derrubar esta cobrança que, sem dúvidas, é abusiva”, afirmou a presidente.

A campanha, chamada de “Bagagem sem Preço” começou nesta manhã no saguão do Terminal de Embarque e Desembarque do Aeroporto Santa Genoveva, na capital. As superintendências de Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon), municipal e estadual, além do Ministério Público Estadual (MP-GO) participaram da ação.

De acordo com o promotor de Justiça Rômulo Correia de Paula, presidente do Centro de Apoio Operacional (CAO) de Defesa do Consumidor do MP-GO, o trabalho quer verificar se o passageiro está sendo devidamente informado sobre as mudanças previstas na resolução da Anac e fiscalizar possíveis irregularidades.

“Vamos apurar, junto com os órgãos fiscalizadores que aqui estão, se o consumidor está consciente do que está pagando e a forma como isto é feito. Além disto, informar a eles de todos os direitos previstos nesta resolução, como há o cancelamento de voo, por exemplo”, afirmou o promotor.

As informações são do Portal G1 Goiás

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp