Ação previne incêndios na Área de Preservação Ambiental Serra das Areias

Queimar folhas, resíduos, pastagens e vegetações é considerado crime e o autor pode ser enquadrado dentro da legislação federal

Com o objetivo de prevenir e combater focos de incêndio no período seco, a Secretaria de Meio Ambiente de Aparecida de Goiânia (SEMMA) iniciou nesta segunda-feira (09), diversas ações em vários bairros, com enfoque para a Serra das Areias, maior Área de Preservação Ambiental da cidade. Além de prevenir queimadas no local por meio de construção de barreiras e aceiros às margens da área, serão realizadas, ao longo desta semana, ações educativas no sentido de orientar a população sobre os prejuízos provocados por esse tipo de incêndio tanto ao meio ambiente quanto à saúde pública, conscientizando para que não coloquem fogo em lixo doméstico, principalmente às margens da reserva ambiental.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Ezízio Barbosa, no período de estiagem em 2017, que corresponde aos meses de junho a novembro, foram registrados 479 focos de incêndios em vegetações de áreas urbanas no município. “É para tentar reduzir esse número que iniciamos a campanha que conta com a participação de 150 homens entre agentes da SEMMA e do Corpo de Bombeiros e voluntários da Comunidade Terapêutica Lapidando Tesouros. Outra medida importante tomada pela secretaria é a fiscalização por meio de vigilância fixa com as câmeras de videomonitoramento instaladas em pontos estratégicos na Serra da Areias e da Base da SEMMA, que atuam 24 horas por dia. Com ações como esta evitamos prejuízos ecológicos e reduzimos os riscos de grandes tragédias”, destacou.

A Prefeitura realiza a ação anualmente, sempre nesta época do ano, quando as condições climáticas são propícias à propagação do fogo devido ao vento forte, baixa umidade do ar e a falta de chuva. “Nesses próximos meses os termômetros atingem 30ºC ou mais de temperatura, a umidade do ar está abaixo de 30% e os ventos ultrapassam os 30km/h o risco de incêndio florestal é alto. Nossa preocupação é com a preservação da reserva ambiental e com o ribeirão Lages, responsável pelo abastecimento de 37 bairros da cidade com água tratada, ou seja, a Serra das Areias é área de conservação de extrema importância para município”, explicou o secretário.

Foto: Rodrigo Estrela

O tenente do 7º Batalhão do Corpo de Bombeiros de Aparecida, Thyago Rodrigues de Oliveira, alerta sobre os principais riscos que o fogo pode causar. “Em lotes baldios o fogo produz fumaça e fuligem, que além de atingir a rede elétrica e provocam problemas respiratórios, intoxicações e doenças pulmonares; Afugentam insetos, ratos e animais peçonhentos para as casas vizinhas; A queimada empobrece o solo e diminui a produtividade agrícola; e o Incêndio às margens das rodovias causam graves acidentes.  Os incêndios florestais desequilibram a natureza, por isso temos que preservar a fauna e a flora silvestre. Assim deixaremos um mundo melhor para todos”, salientou.

Segundo o cabo do 1º Batalhão Ambiental, Danilo Souza Campos, queimar folhas, resíduos, pastagens e vegetações é considerado crime e o autor pode ser enquadrado dentro da legislação federal, estadual e municipal. “As queimadas urbanas são consideradas um dos maiores problemas ambientais e de saúde pública que temos enfrentado nos dias de hoje. A pena para este tipo de crime é reclusão de dois a quatro anos e multa conforme a Lei 9.605/98. Queimar lixo doméstico também pode dar multas e detenção. A função do Batalhão Ambiental é combater infrações ao meio ambiente e trabalhar em conjunto dos demais órgãos públicos para promover a conscientização ambiental”.

A população também pode e deve fazer a sua parte denunciando qualquer tipo de ocorrência, como um vizinho colocando fogo próximo às matas da cidade, pelo telefone 193 dos Bombeiros ou 199 da Defesa Civil Municipal. A colaboração também pode vir como forma de orientação a parentes, amigos e vizinhos sobre os problemas das queimadas. Entre as ações que devem ser evitadas estão não jogar bituca de cigarro em locais inadequados como margens de rodovias ou ruas; não acender fogueiras; não colocar fogo em lixo e em folhas secas; e principalmente não soltar balões, por ser perigoso e é crime. E é muito importante que proprietários de terrenos baldios os mantenham limpos e cercados.

Foto: Rodrigo Estrela

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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