Saiba o que causou a queda do avião que matou Marília Mendonça

Saiba o que causou a queda do avião que matou Marília Mendonça

O acidente que matou a cantora Marília Mendonça não foi causado por falha mecânica ou humana. Um documento apresentado com exclusividade para os familiares das vítimas e depois divulgado para a imprensa resultou em indicações de melhoria na sinalização das redes de transmissão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) próximas a aeroportos. 

 

No laudo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos  (Cenipa), os oficiais apontam que o piloto atendeu a todos os protocolos necessários. Os cabos de transmissão de energia elétrica foram o principal obstáculo. À época da tragédia, a mãe do piloto ameaçou processar a Cemig.

 

Morte de Marília Mendonça

 

Marília faleceu aos 26 anos em novembro de 2021 em um acidente de avião onde estavam também o tio, um produtor, o piloto e o copiloto. A aeronave havia partido de Goiânia em direção a uma cidade mineira em que a famosa faria um show no mesmo dia à noite, mas caiu em Caratinga, em Minas Gerais. Léo, filho da artista, mora com a avó em Goiânia, mas tem a guarda compartilhada entre a ela e o pai, o sertanejo Murilo Huff.  O garoto é o único herdeiro da fortuna estimada em R$ 500 milhões e deverá continuar  recebendo os rendimentos relacionados às músicas da mãe até 70 anos após a sua morte.

 

Acidente

 

A aeronave que transportava a cantora caiu em Piedade de Caratinga, na Região do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. Ele decolou do Aeródromo Santa Genoveva, em Goiânia (GO), às 16h02min.

 

Além de Marília Mendonça, morreram Geraldo Medeiros (piloto), Tarcisio Viana (co-piloto), Henrique Ribeiro (produtor) e Abiceli Silveira Dias Filho (tio e assessor da artista). O grupo voava em direção à cidade de Caratinga, onde a artista faria um show naquela noite.

 

Os cinco ocupantes da aeronave foram vítimas de politraumatismo, de acordo com o médico-legista Thales Bittencourt de Barcelos. As mortes aconteceram depois que todos estavam no chão.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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