Acidente no Paraná: socorristas e motorista escolar aposentado entre vítimas fatais em colisão entre ambulância e caminhão

Socorristas e motorista escolar aposentado: quem são as vítimas que morreram em acidente entre ambulância e caminhão no Paraná

Três das quatro vítimas morreram na hora. Profissionais da saúde trabalhavam no Samu e paciente era motorista escolar.

Médico, enfermeira, motorista e passageiro da ambulância morreram no acidente — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Os três profissionais da saúde que morreram em um acidente entre uma ambulância e um caminhão na BR-476, em Paulo Frontin, no sul do Paraná, trabalhavam no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da cidade vizinha de São Mateus do Sul.

A batida aconteceu enquanto eles estavam a caminho de União da Vitória, transportando um paciente – que também era de São Mateus do Sul e morreu na colisão.

As vítimas foram identificadas como sendo Leandro Melo Martins, médico; Brenda Santos Bachinski, enfermeira; Alisson Ferreira, motorista da ambulância; Altair Silva dos Santos, paciente que estava sendo transportado.

Apenas Alisson foi socorrido com vida, mas morreu durante o atendimento médico. Veja, mais abaixo, detalhes sobre as vítimas.

O acidente aconteceu na noite de quarta-feira (25), noite de Natal, no km 312 da rodovia – trecho conhecido como “Curvas do Limoeiro”.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a ambulância colidiu transversalmente com o caminhão, que estava no sentido oposto. As causas da batida serão investigadas.

Duas pessoas, que estavam no caminhão, tiveram ferimentos leves. Elas foram atendidas no hospital e receberam alta. O veículo transportava uma carga de leite.

Leandro Melo Martins tinha 41 anos, era médico e natural de Minas Gerais. Registrado desde 2010 no Conselho Federal de Medicina, tinha registros regionais ativos em Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. De acordo com informações do portal da transparência de São Mateus do Sul, ele atuou como médico plantonista no pronto atendimento da cidade entre novembro de 2021 e janeiro de 2023. Atualmente, trabalhava como médico socorrista do Samu.

Natural de São Mateus do Sul, a enfermeira Brenda Santos Bachinski tinha 26 anos. De acordo com o Samu, ela atuava na equipe de socorristas há cerca de três anos. A profissional também trabalhava no Hospital e Maternidade Dr. Paulo Fortes, de São Mateus do Sul, desde abril de 2021. Ela era coordenadora da maternidade.

Alisson Ferreira era motorista e tinha 35 anos. Ele trabalhava com transporte escolar de van e atuava, há cerca de um ano, como condutor socorrista do Samu. Natural de Porto União (SC), morava em São Mateus do Sul e era aluno do curso de Tecnólogo em Serviços Jurídicos Cartorários e Notariais. Ele deixa a namorada e um filho de dois anos.

Altair Silva dos Santos tinha 67 anos e era motorista de ônibus escolar aposentado. Morador da região de Vargem Grande, de São Mateus do Sul, o homem estava sendo transportado pelo Samu após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Em nota, a Polícia Civil informou que está investigando as causas do acidente. “A ambulância perdeu o controle durante uma manobra na pista e colidiu com o caminhão que vinha no sentido contrário. As causas da perda de controle da ambulância ainda estão sendo apuradas. Testemunhas que estavam no caminhão e familiares de uma das vítimas fatais estão sendo localizados para depoimentos”, diz a nota.

Por meio de nota, o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Iguaçu (Cisvali) lamentou a morte das vítimas e destacou a atuação profissional dos socorristas. “Infelizmente, perdemos não apenas a vida do paciente, mas também de valiosos profissionais que, com dedicação e coragem, estavam a serviço do atendimento à população. O CISVALI expressa seu mais sincero pesar às famílias das vítimas e a todos os profissionais do Samu, que, como irmãos de jornada, sofrem essa perda irreparável”, diz a nota.

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64 suspeitos investigados por desviar R$ 2,5 mi de tratamento de câncer de menina no Paraná: Polícia Civil de Cascavel identifica envolvidos.

64 pessoas estão sendo investigadas no estado do Paraná por suspeitas de terem desviado R$ 2,5 milhões destinados ao tratamento de uma menina com câncer. Segundo informações da polícia, essas pessoas receberam depósitos do dinheiro desviado da compra da medicação e estão sendo investigadas quanto ao eventual dolo dos envolvidos ou se houve utilização inadequada das contas para lavagem de dinheiro. A investigação teve início em junho de 2024, após a mãe da menina denunciar à Polícia Civil que não havia recebido toda a medicação necessária para o tratamento de sua filha, Yasmin, de 11 anos, residente na cidade de Cascavel.

A Polícia Civil de Cascavel, no oeste do Paraná, identificou um total de 64 pessoas suspeitas de desviar os recursos que deveriam ter sido utilizados na compra do medicamento Danyelza para o tratamento de câncer da menina Yasmin. A investigação teve início após a denúncia da mãe de Yasmin, que não havia recebido toda a medicação necessária para o tratamento de sua filha. O Governo do Paraná foi condenado a pagar pelo tratamento, uma vez que o remédio não era disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Após análise do sigilo bancário, a Polícia Civil identificou a utilização de 64 contas em nome de diferentes pessoas que receberam depósitos do dinheiro desviado da compra da medicação. A delegada Thais Zanatta afirmou que, a partir da investigação, foi possível identificar as pessoas envolvidas que receberam os valores provenientes do bloqueio de recursos destinados à compra dos medicamentos da menina. No entanto, ainda não há confirmação se as 64 pessoas serão indiciadas ou denunciadas, pois aguarda-se a comprovação do dolo das pessoas e da real movimentação das contas.

Com a repercussão do caso, o Governo do Paraná efetuou uma nova aquisição dos medicamentos necessários para o tratamento de Yasmin, permitindo assim que a menina possa concluir seu tratamento. A investigação segue em sigilo, com foco no rastreamento do dinheiro nas contas bancárias das suspeitas de envolvimento no desvio. O objetivo é determinar se elas tinham conhecimento do crime ou se também foram vítimas de fraude. A polícia busca recuperar todo o montante desviado e apurar possíveis casos de lavagem de capital entre os investigados.

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