Acidente no Saccaria: motorista é indiciada por lesão corporal culposa

A idosa que causou um acidente no Saccaria, em Goiânia, responderá por lesão corporal culposa. A dona de casa, Elisabete Magalhães, de 68 anos, perdeu o controle do veículo, segundo a Polícia Civil (PC), contrariando a versão dela de que teria ocorrido uma pane no veículo. 

Imagens de câmera de segurança mostram quando ela colidiu contra outros carros e também aumento de velocidade antes de invadir o restaurante, no Jardim Goiás, em 19 de julho.

“A condutora chegou a narrar, durante a realização do exame médico legal, que ‘ficou refém do próprio carro’, situação que não condiz com a realidade. A versão apresentada foi rechaçada pelas provas técnica e oral realizadas. Não é possível o veículo ter acelerado sozinho”, afirma a delegada Érica Botrel nos autos do inquérito policial encaminhado ao Poder Judiciário nesta quinta-feira, 11.

Um juiz de Gurupi, no Tocantins, foi uma das pessoas que se machucou no acidente no Saccaria. Com o impacto, ele ficou embaixo do veículo. Ele teve alta após duas semanas de internação hospitalar devido a um trauma craniofacial, fratura em uma vértebra e no quadril, líquido no pulmão e início de tratamento fisioterápico.

Outra vítima, o empresário Kleber Sebastião, teve ferimentos graves e ficou hospitalizado na Unidade de Terapia Intensiva do Hugo após ser submetido a duas cirurgias. Além deles, outras pessoas precisaram de atendimento médico, mas não foram internadas.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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