Acidente no Saccaria: motorista é indiciada por lesão corporal culposa

A idosa que causou um acidente no Saccaria, em Goiânia, responderá por lesão corporal culposa. A dona de casa, Elisabete Magalhães, de 68 anos, perdeu o controle do veículo, segundo a Polícia Civil (PC), contrariando a versão dela de que teria ocorrido uma pane no veículo. 

Imagens de câmera de segurança mostram quando ela colidiu contra outros carros e também aumento de velocidade antes de invadir o restaurante, no Jardim Goiás, em 19 de julho.

“A condutora chegou a narrar, durante a realização do exame médico legal, que ‘ficou refém do próprio carro’, situação que não condiz com a realidade. A versão apresentada foi rechaçada pelas provas técnica e oral realizadas. Não é possível o veículo ter acelerado sozinho”, afirma a delegada Érica Botrel nos autos do inquérito policial encaminhado ao Poder Judiciário nesta quinta-feira, 11.

Um juiz de Gurupi, no Tocantins, foi uma das pessoas que se machucou no acidente no Saccaria. Com o impacto, ele ficou embaixo do veículo. Ele teve alta após duas semanas de internação hospitalar devido a um trauma craniofacial, fratura em uma vértebra e no quadril, líquido no pulmão e início de tratamento fisioterápico.

Outra vítima, o empresário Kleber Sebastião, teve ferimentos graves e ficou hospitalizado na Unidade de Terapia Intensiva do Hugo após ser submetido a duas cirurgias. Além deles, outras pessoas precisaram de atendimento médico, mas não foram internadas.

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A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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