Acidentes aéreos em 2025: 7 mortes no Brasil; veja detalhes

acidentes-aereos-em-20253A-7-mortes-no-brasil3B-veja-detalhes

Acidentes aéreos em 2025 deixaram sete mortos no Brasil; veja quais foram

Número é menor do que o registrado no mesmo período em 2024 no país, que teve 13
vítimas em seis acidentes aéreos fatais.

Em menos de dois meses, 2025 já contabiliza cinco acidentes aéreos que
resultaram em sete mortes. Esse é o terceiro maior número de acidentes no
período entre 1º de janeiro e 7 de fevereiro em 15 anos, de acordo com dados do
Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da
Aeronáutica.

O número de vítimas deste ano aumentou após a queda de um avião de pequeno porte
na Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, na
manhã desta sexta-feira (7). Ao tentar pousar no local, a aeronave atingiu um
ônibus, causando uma explosão. Duas pessoas que estavam no avião morreram, e
outras sete foram socorridas em solo.

Com sete mortes, 2025 já registra o quarto maior número de mortes em acidentes
aéreos nos últimos dez anos, ficando atrás de 2024 e 2016, com 13 vítimas, de
2021, que teve 11, e de 2020, 2019 e 2017, que contabilizaram oito cada.

Um avião de pequeno porte, modelo King Air F90, caiu no dia 7 de fevereiro em
uma das mais movimentadas avenidas do bairro Barra Funda, na Zona Oeste de São
Paulo. Ao tentar pousar no local, ele atingiu um ônibus e houve uma explosão. O
piloto Gustavo Carneiro Medeiros e o advogado Márcio Louzada Carpena, de 49
anos, morreram.

Outras sete pessoas atingidas em solo ficaram feridas. Entre elas está um
motociclista que passava na via e foi atingido por um destroço do avião e uma
idosa que estava no ônibus.

Segundo testemunhas, o avião tentou fazer um pouso de emergência na pista da
avenida, mas não conseguiu. Na queda, atingiu um ônibus e foi ouvida uma
explosão. Uma grande nuvem de fumaça preta foi vista à distância pela cidade.

Márcio Capanema era professor de Direito da Pontifícia Universidade Católica
(PUC) em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ele dava palestra motivacional e
viajava para várias cidades do Brasil.

De acordo com seu perfil no LinkedIn, o piloto Gustavo era experiente. Formado
em Administração e Ciências Aeronáuticas pela PUC-RS, ele acumulava 3.819 horas
de voo como copiloto do modelo Embraer 190, utilizado em voos domésticos, e
1.912 horas como comandante de ATR, aviões de transporte regional.

Um avião agrícola caiu no dia 23 de janeiro, em uma fazenda do município de
Canarana, a 838 km de Cuiabá, no Mato Grosso. O piloto, João Edson Belafronte,
de 69 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local. Ele estava
sozinho na aeronave.

O acidente ocorreu enquanto a vítima realizava uma pulverização agrícola. Os
próprios trabalhadores do local presenciaram a queda e acionaram a Polícia
Civil. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave
Cessna Aircraft, matrícula PR-AAN, estava regularizada e registrada como
prestadora de serviços privados.

Um dia antes do acidente ocorrido no Mato Grosso, em 22 de janeiro, outra
aeronave de pulverização agrícola caiu na zona rural de Veríssimo, município a
cerca de 40 km de Uberaba, Minas Gerais. O piloto da aeronave, Walter Luís Nicolielo Junior, de 48 anos, era o único
ocupante e morreu na queda. De acordo com a família, ele tinha mais de 20 anos
de experiência e já havia trabalho em empresa de voos comerciais.

De acordo com o Painel de Ocorrências Aeronáuticas na Aviação Civil Brasileira,
outro acidente ocorreu com a mesma aeronave em março de 2023. O piloto sofreu
apenas lesões leves. Ele fazia pulverização agrícola em uma lavoura de
cana-de-açúcar na Fazenda Buracão, em Uberaba.

No dia 16 de janeiro, um helicóptero com quatro pessoas caiu em uma área de mata
fechada na cidade de Caieiras, na Grande São Paulo. O piloto, Edenilson de
Oliveira Costa, e uma menina de 12 anos foram socorridos com vida. Já os pais da
adolescente morreram no momento da queda.

As vítimas fatais foram o empresário André Feldman, de 50 anos, e sua esposa
Juliana Elisa Alves Maria Feldman, de 49 anos. Ele era CEO da BIG Brazil
International Games, que tem licenciamento para operar no Brasil a marca Caesars
Sportsbook — empresa de apostas virtuais conhecidas como bet. Juliana era
empresária formada em economia pela Fundação Armando Alvares Penteado, segundo
informações do LinkedIn.

André também era um dos proprietários do helicóptero, que pertence à empresa C &
F Administração de Aeronaves LTDA.

Ainda em janeiro, no dia 9, um avião de pequeno porte ultrapassou a pista do
aeroporto de Ubatuba, no Litoral de São Paulo, e explodiu na Praia do Cruzeiro.
A aeronave era um Cessna Citation 525.

O piloto Paulo Seghetto, morreu depois de ser retirado das ferragens. Ele sofreu
uma parada cardiorrespiratória e passou por tentativa de reanimação, mas não
resistiu. Também estavam na aeronave quatro passageiros, resgatados com vida:
Mireylle Fries, 41 anos, o marido dela, Bruno Almeida Souza, de 48, e os dois
filhos, de 4 e 6 anos.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp