Acidentes de trânsito em Goiânia já tiraram a vida de 155 pessoas somente em 2022

O número de vítimas fatais em acidentes de trânsito da capital chegou a marca de 155 vidas perdidas desde o início do ano. A última vítima a entrar na conta foi o jovem, de 16 anos, que morreu na madrugada desta quinta-feira, 20, após perder o controle da moto que pilotava e se chocar contra um poste no Residencial Recanto do Bosque, em Goiânia.

Segundo a Delegacia de Trânsito de Goiânia (DICT), os motociclistas se destacam como as principais vítimas, com 90 registros. Ou seja, 58% de todas as mortes no trânsito são de condutores e passageiros de motocicletas. Já as mortes envolvendo acidentes de carro ficam em segundo lugar com 28 óbitos, seguido por atropelamentos (27) e acidentes envolvendo o transporte público (10).

Em todo o ano passado, a especializada registrou 216 vítimas fatais na capital, sendo: 128 motociclistas e 47 pedestres. Além disso, também foram registradas 30 mortes envolvendo acidentes com carros e 11 mortes provocadas pelo transporte público. Mesmo que os números apresentem declínio, o que mais chama atenção em 2022 e a gravidade dos acidentes, sendo que três se destacaram: 

Acidente Saccaria

Um dos casos de maior repercussão este ano foi envolvendo o grave acidente no Empório Saccaria na capital. Elisabeth Nunes Magalhães, de 68 anos, invadiu o estabelecimento no dia 19 de julho, deixando 11 pessoas feridas e uma morta. A PC concluiu o inquérito do caso no dia 12 de agosto, indiciando a motorista por homicídio culposo no trânsito, devido a morte do empresário kleber sebastião da silva, de 42 anos. 

Neste semana, com exclusividade, o DE mostrou o desfecho do acordo realizado entre a motorista e o Ministério Público (MP), onde ela responderá em liberdade desde que cumpra o combinado. 

Jovem morre após cair de ônibus 

Um dos casos envolvendo mortes no transporte coletivo foi o da estudante Leidiane Teixeira, de 28 anos, que morreu após cair de um ônibus da Metrobus no dia 17 de agosto. O acidente ocorreu perto da estação palmito, no Jardim Novo Mundo. A mulher chegou a ser levada para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde ficou internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte. 

A causa da morte foi um defeito na porta que se abriu, fazendo com que a jovem caísse do veículo em movimento. A Polícia Civil (PC) afirmou no dia 8 de setembro, que a empresa sabia do defeito na porta do ônibus do Eixo Anhanguera antes de a passageira morrer, devido a reclamação de alguns motoristas.

Racha T-9

Uma brincadeira de mal gosto acabou provocando a morte de uma adolescente, de 15 anos, e um jovem, de 20 anos, após uma caminhonete de luxo capotar durante um racha na Avenida T-9, em Goiânia. O caso ocorreu no dia 7 de maio deste ano.

Os condutores da caminhonete e da BMW acabaram sendo indiciados pela PC em junho pela morte das duas vítimas. Eles também foram indiciados por tentativa de homicídio das outras três pessoas que estavam nos veículos.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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