Ações do Banco do Brasil caem quase 3% após divulgação do balanço financeiro

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Ações do Banco do Brasil tombam quase 3% após divulgação de balanço

O tombo das ações do Banco do Brasil acontece no dia seguinte à divulgação do balanço financeiro da empresa referente ao quarto trimestre. As ações do Banco do Brasil DE eram negociadas em forte baixa no pregão desta quinta-feira (20/2) da Bolsa de Valores (B3).

O QUE ACONTECEU

Às 15h48, os papéis registravam perdas de 2,91%, a R$ 28,02. Por volta das 14h40, as ações ordinárias do BB recuavam 2,6%, cotadas a R$ 28,11. Na cotação mínima do dia, os papéis da instituição recuaram a R$ 27,80. O tombo das ações do Banco do Brasil acontece no dia seguinte à divulgação do balanço financeiro da empresa referente ao quatro trimestre do ano passado.

BALANÇO DO BB

No último dos balanços dos chamados “bancões”, o BB reportou um lucro líquido ajustado de R$ 9,58 bilhões no período entre outubro e dezembro de 2024. O resultado é 1,5% maior do que o registrado no mesmo período do ano anterior e veio dentro das projeções de analistas do mercado. Ainda de acordo com o Banco do Brasil, o desempenho foi impulsionado pela alta de 11,2% da margem financeira bruta, de 4,9% das receitas de prestação de serviço e de 4,4% no controle das despesas administrativas.

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A carteira de crédito ampliada do banco, por sua vez, teve saldo de R$ 1,3 trilhão, o que correspondeu a um aumento anual de 15,3%.

O QUE EXPLICA A QUEDA

Apesar de o resultado do balanço do Banco do Brasil ter ficado dentro das expectativas do mercado, alguns indicadores levantaram preocupações. A XP, em relatório, avaliou que, apesar do lucro em linha com as projeções dos analistas, a Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) veio abaixo da formação do NPL (a variação do saldo de créditos em atraso), que registrou forte alta. O BB teve uma queda importante nos índices de capital e abriu margem para a redução do “payout” – o pagamento de dividendo em relação ao lucro – para um intervalo entre 40% e 45% (antes era de 45%). “Embora o novo guidance para o lucro líquido (ponto médio: R$ 39 bilhões) sugira um crescimento modesto de 2%, começamos a questionar a viabilidade dessa meta”, diz a XP. Segundo o Itaú BBA, a visão “líquida” do balanço do BB foi negativa, com prós e contras no caminho para chegar ao lucro. O Itaú BBA observa ainda que o Banco do Brasil usou todas as provisões complementares, aumentou a renegociações e diminuiu o índice de cobertura.

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