Acompanhado de Bolsonaro, o chefe do Estado-Maior do Exército afirma: “Minha espada não tem partido.”

Nesta quinta-feira, em evento acompanhado do presidente Jair Bolsonaro, o  general Antonio Amaro, chefe do Estado-Maior do Exército, disse que “minha espada não tem partido”. Ele relembrou que a frase é uma citação do patrono do Exército, Duque de Caxias.

Nesta semana, após Bolsonaro demitir o então ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, a separação entre a política e as Forças Armadas tem sido um tema central em Brasília

Amaro e o presidente participaram, no Clube do Exército, de um evento de promoção de generais. Durante o discurso, o chefe do Estado-Maior lembrou que a frase de Caxias foi usada por Bolsonaro, em discurso no Dia do Soldado, em 2020.

“A virtude personificada por Caxias já mereceu também, por parte do comandante supremo das Forças Armadas [Bolsonaro], uma referência especial por ocasião do Dia do Soldado de 2020. Naquela ocasião, o presidente da República, Jair Bolsonaro, fez citação à famosa frase proferida pelo Duque, que sendo ele do partido conservador, mas compromissado com a pátria, ao ser convidado pelo imperador Dom Pedro II para ser o comandante em chefe na Guerra da Tríplice Aliança, assim declarou: ‘Aceito o convite, a minha espada não tem partido'”, afirmou Amaro.

Amaro acrescentou que os generais recém promovidos devem zelar pela hierarquia na tropa. Além disso, afirmou aos generais de que os soldados devem ser “guardiões” da vocação principal da Força: defender a pátria.

“Neles [nos soldados], a destreza técnica e a habilidade para refrega devem continuar amparadas nas rígidas bases da hierarquia e da disciplina e na prática dos valores morais mais caros à nossa sociedade”, acrescentou o general.

O presidente Jair Bolsonaro falou em seguida. Ele defendeu o limite das “quatro linhas da Constituição” e afirmou que não se pode acatar  alguém que queira atuar fora desse “balizamento”.

“Nós atuamos dentro das quatro linhas da nossa Constituição. Devemos, e sempre agiremos assim. Por outro lado, não podemos admitir quem por ventura queira sair desse balizamento”, declarou o presidente.

Foto: Marcos Corrêa/PR

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STF rejeita queixa de Michelle Bolsonaro contra Erika Hilton

Nesta quinta-feira, 26, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão significativa, rejeitando a queixa apresentada por Michelle Bolsonaro contra a deputada federal Erika Hilton. A queixa foi motivada por um comentário feito por Erika Hilton em março, que criticava a entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama.

A decisão do STF mantém a imunidade parlamentar de Erika Hilton, protegendo-a de processos judiciais por declarações feitas no exercício de seu mandato. Essa imunidade é uma garantia constitucional para os parlamentares, permitindo-lhes expressar suas opiniões sem medo de represálias legais.

Acusações

Michelle Bolsonaro havia acusado Erika Hilton de injúria e difamação, alegando que as declarações da deputada a ofenderam. A ex-primeira dama pedia uma indenização de R$ 15 mil pelos comentários feitos pela parlamentar em março deste ano.

Na época, a psolista escreveu: “Não dá nem para homenagear Michelle Bolsonaro por nunca ter sumido com o cachorro de outra família porque literalmente até isso ela fez”. O comentário se refere ao caso do animal adotado pela ex-primeira-dama em 2020 que já tinha dono.

No entanto, o STF considerou que as afirmações de Erika Hilton estavam cobertas pela imunidade parlamentar, o que a isenta de responsabilidade legal por essas declarações.

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