Acordo em discussão entre Brasil e Paraguai gera protestos na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu: impactos e implicações econômicas

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Um acordo em discussão entre Brasil e Paraguai gerou protestos e filas extensas na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu, no Paraná. A fila chegou até a rodovia na região oeste do estado. O movimento é contra uma possível mudança nas regras do transporte na fronteira, motivando manifestações e congestionamentos. A situação que ocorreu novamente hoje não foi isolada, demonstrando a tensão entre os dois países. As filas quilométricas refletem a insatisfação dos transportadores e as repercussões políticas do desacordo.

Os manifestantes são motoristas paraguaios de pequenos e médios caminhões, utilizados principalmente para o transporte de materiais de construção de Foz do Iguaçu para a Cidade do Leste, no Paraguai. Este grupo está ligado à Associação de Despachos Menores, que representa freteiros do país vizinho. O descontentamento se dá em relação às possíveis alterações no acordo de transporte de cargas entre os dois países, tema que está em negociação entre os governos. A ANTT expõe que o tratado atual necessita de atualizações até março de 2026, estabelecendo prazos e regras para o transporte fronteiriço.

A Receita Federal, destacando a paralisação de caminhões de grande porte na ponte, aponta a situação crítica que afeta o trânsito na fronteira. Enquanto carros, motos e pedestres conseguem passar, o fluxo encontra-se lento. Recomenda-se que motoristas evitem cruzar a fronteira pelos próximos dias. A crescente fila de 2,5 quilômetros impacta negativamente o trânsito local e nacional, prejudicando a logística e a economia das regiões afetadas.

A revisão do acordo motivou medidas por parte dos órgãos reguladores para controlar o transporte de cargas além da fronteira. A ANTT busca adequar as normas internacionais à realidade das operações comerciais, evitando desvios e abusos por parte dos transportadores. A fiscalização e segurança do transporte são prioridades, visando a redução do contrabando e o aprimoramento das condições de tráfego. As partes envolvidas no conflito expressam suas preocupações e expectativas em relação às negociações e aos desdobramentos esperados para o setor.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Foz do Iguaçu (Sindifoz) atenta para a importância do cumprimento das normas internacionais, defendendo a regularidade e segurança das operações. A paralisação dos caminhões reflete a tensão entre os interesses dos transportadores e a necessidade de atualização e controle do transporte de cargas. O desfecho das negociações terá implicações significativas para a economia e o transporte na região, exigindo diálogo e acordos que atendam às necessidades de ambas as partes envolvidas.

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