O Ministério das Comunicações do Brasil assinou acordos de conectividade e economia digital com a empresa chinesa SpaceSail e a Administração Nacional de Dados da China. O acordo pode representar uma ameaça à superioridade da Starlink de Elon Musk no fornecimento de internet para áreas remotas do país. O governo brasileiro descreve que a SpaceSail está desenvolvendo um serviço de internet de alta velocidade por meio de satélites de órbita baixa da Terra (LEO).
Parte do acordo com a Telebras permite estudos de demanda por internet via satélite em locais remotos, visando a inclusão digital. O presidente da Telebras destacou que a SpaceSail trará ao Brasil uma nova geração de conectividade de alta velocidade com custo acessível. Atualmente, a Starklink domina o mercado nacional, detendo 45,9% da internet via satélite segundo a Anatel. A SpaceSail, empresa chinesa com sede em Xangai, atua no mercado de banda larga via satélite e planeja expandir sua constelação para 15 mil satélites até 2030.
Os acordos assinados não especificam o início das operações da SpaceSail no Brasil. O acordo entre Brasil e China foi firmado cerca de dois meses após o conflito entre Elon Musk e o ministro do STF Alexandre de Moraes, resultando na suspensão do X no país. A plataforma voltou a operar em outubro após regularizar as demandas judiciais. O acordo com a SpaceSail pode alterar o cenário competitivo no mercado de internet via satélite brasileiro, impactando direta ou indiretamente a Starlink de Musk.
