Acordo histórico entre Mercosul e UE: Lula da Silva marca 20 de dezembro para assinatura

epa12544063 Brazil's President Luiz Inacio Lula da Silva addresses  the media at a press conference at the Group of Twenty (G20) Leaders' Summit in Johannesburg, South Africa, 23 November 2025. World leaders gathered in South Africa, the host of this year's G20 Leaders' Summit on 22 and 23 November 2025, to discuss the global economy, development and financing.  EPA/KIM LUDBROOK

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, confirmou que o aguardado acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia será assinado no dia 20 de dezembro. A declaração foi feita após a cúpula de líderes do G20, na África do Sul, enfatizando a importância estratégica de um entendimento negociado por mais de duas décadas. Lula destacou a relevância econômica do acordo, mencionando a abrangência de 722 milhões de habitantes e 22 trilhões de dólares de PIB envolvidos, considerando-o possivelmente o maior acordo comercial do mundo. Com o Brasil ocupando a presidência rotativa do Mercosul neste semestre, a conclusão do processo tornou-se uma prioridade.

Apesar da celebração pelo avanço, Lula ressaltou que a assinatura não encerra o trabalho, havendo ainda muitas tarefas a realizar para que os benefícios do acordo sejam efetivamente aproveitados. Na Europa, o acordo passa por etapas, com o Parlamento Europeu precisando aprovar o texto por maioria simples e pelo menos 15 dos 27 Estados-membros, representando 65% da população da UE, ratificarem o acordo. A França tem reservas, considerando-o inaceitável devido a supostas falhas nos requisitos ambientais na produção agrícola e industrial.

Lula rebateu as críticas, acusando a postura protecionista da França em defesa do setor agropecuário local. Enquanto alguns países, como Alemanha e Espanha, enxergam oportunidades comerciais e estratégicas no acordo, há incertezas políticas que podem impactar a ratificação. O presidente brasileiro detalhou o calendário da cúpula, agendando a assinatura para 20 de dezembro em Brasília e a reunião entre os líderes para o início de janeiro em Foz do Iguaçu, devido à disponibilidade do presidente do Paraguai nessa data.

A presença do presidente argentino, Javier Milei, permanece incerta, dada a tensão interna no Mercosul. Apesar das indefinições, Lula mantém a ambição de concluir este acordo comercial relevante.

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