Acordo São Paulo x Santos: entenda uso da Vila Belmiro

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Entenda como funciona o acordo do São Paulo com o Santos para uso da Vila Belmiro

O Tricolor tem a autorização prévia para atuar na casa do rival em caso de shows e outros eventos no Morumbis. “A partir dali, o Rogério mudou de prateleira!”, diz Caio Dominguez sobre o tri do São Paulo. O São Paulo fechou, na semana passada, um acordo com o Santos que autoriza o rival a disputar três partidas no Morumbis. Em contrapartida, o clube pode usar a Vila Belmiro, casa do rival, em outras três datas. O ge explica, abaixo, as razões que fizeram o Tricolor aceitar o acordo.

De olho em mais jogos na capital, o Santos procurou o São Paulo, nas últimas semanas, para negociar o acordo para jogar no Morumbis em datas em que o estádio não esteja sendo utilizado. Em troca, autorizaria o Tricolor a jogar na Vila Belmiro quando necessário. O São Paulo viu a possibilidade com bons olhos. Por causa de shows graças à parceria com a Live Nation, o Tricolor corre o risco de ficar sem seu estádio para mandar alguns de seus jogos. O clube, então, decidiu se antecipar a esse conflito e ter a Vila Belmiro à disposição quando necessário.

O acordo, porém, ainda prevê o pagamento pelo uso dos estádios. O Santos, portanto, pagará ao São Paulo para usar o Morumbis. E o Tricolor também pagará ao Peixe para usar a Vila Belmiro, como funciona em todo aluguel. O acordo firmado pelos clubes na semana passada é apenas uma garantia de que um poderá usar o estádio do outro quando necessário, no máximo três vezes, com valores de aluguel e operação já previamente definidos, sem a necessidade de uma nova negociação.

O São Paulo ainda não tem nenhuma previsão de usar a Vila Belmiro e pode sequer precisar atuar no estádio do rival, mas tê-lo à disposição tranquiliza a diretoria em caso de conflito de datas com shows. O novo contrato com a Live Nation, válido até o fim de 2031, incluiu uma série de mudanças na preparação dos shows para diminuir o período de inutilização do Morumbis. Os palcos, por exemplo, serão montados atrás dos gols, não mais dentro das quatro linhas do gramado. Haverá, também, túneis ligando anéis superiores ao campo, descartando a necessidade de construir estruturas móveis a cada evento. A quantidade de jogos que o São Paulo vai perder por causa de shows, portanto, tende a ser menor a partir deste ano.

O São Paulo também analisou outras possibilidades de acordos, mas viu a Vila Belmiro como a melhor opção por alguns motivos: a qualidade do gramado, a proximidade com São Paulo, o estado de conservação do estádio (arquibancadas, vestiários) e a falta de opções no mesmo nível. O Tricolor não considerou a possibilidade de tentar negociar com qualquer clube que possua grama sintética em seu estádio – Arena Barueri e Pacaembu, por exemplo, estão descartados.

O acordo com o Santos também não impede o São Paulo de negociar outros contratos pontuais. Se precisar jogar longe do Morumbis e receber uma proposta de alguma empresa para vender o mando de campo para o Mané Garrincha, em Brasília, por exemplo, o Tricolor não descarta atuar fora do estado.

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