Acusado de matar e estuprar motorista de aplicativo será julgado nesta terça-feira

Nesta terça-feira, dia 1º de dezembro, será realizado o júri do empresário Parsilon Lopes dos Santos, de 45 anos, acusado de matar e estuprar a técnica de enfermagem e motorista de aplicativo Vanusa da Cunha Ferreira, de 36 anos, em janeiro de 2019. O júri será iniciado às 8h30, no Fórum de Aparecida de Goiânia, e será presidido pelo juiz Leonardo Fleury.

No dia 19 de janeiro de 2019, deixou de dar notícias para família e amigos depois de sair para transportar um passageiro em uma viagem fora do aplicativo no qual trabalhava. Seu corpo foi encontrado no dia seguinte, 20, no Jardim Copacabana, em Aparecida de Goiânia. Horas antes, o carro de Vanusa havia sido encontrado em uma rua perto da chácara onde estava o corpo.

Parsilon, que será julgado amanhã, é réu confesso. O homem teria teria jogado a vítima para fora do carro e batido com sua cabeça no meio-fio. Depois de matá-la, ele teria estuprado Vanusa e escondido o corpo.

Em fevereiro de 2019, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciou Parsilon pelos crimes de homicídio qualificado, estupro e ocultação de cadáver. O promotor do MP-GO acrescentou as qualificações de uso de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além de feminicídio.

Foto: Reprodução

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Moraes diz que redes sociais só continuarão no Brasil se respeitarem a lei

Após o anúncio de Mark Zuckerberg, dono do grupo Meta, de abolir a checagem de conteúdo e tornar mais permissiva a moderação de postagens dos usuários, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reagiu firmemente. Moraes declarou que a corte não permitirá que as big techs continuem sendo instrumentalizadas para ampliar discursos de ódio, nazismo, fascismo, misoginia, homofobia e discursos antidemocráticos.

Segundo o ministro, “a nossa justiça eleitoral e o nosso Supremo Tribunal Federal já demonstraram que aqui é uma terra que tem lei. As redes sociais não são terras sem lei. No Brasil, só continuarão a operar se respeitarem a legislação brasileira, independentemente de bravatas de dirigentes irresponsáveis das big.”

Zuckerberg também sinalizou que vai trabalhar com o presidente Trump para pressionar os governos ao redor do mundo que estão perseguindo empresas americanas e pressionando para censurar mais. Além disso, ele mencionou que países latino-americanos têm tribunais secretos que podem ordenar que empresas retirem coisas discretamente.

Essas ações reforçam a preocupação do ministro Moraes sobre a necessidade de regulamentar e responsabilizar esses gigantes conglomerados. Para o ministro Moraes, o grande desafio é não permitir que esses gigantes conglomerados, com seus dirigentes irresponsáveis, corroam a democracia por dentro.

Ele destacou que a disseminação de mentiras e a mobilização de massa promovida pelas redes sociais foram as principais causas dos atos violentos e antidemocráticos, como o ocorrido no dia 8 de janeiro de 2023 na Praça dos Três Poderes.

Durante a roda de conversa no STF, o ministro Gilmar Mendes defendeu o constitucionalismo digital, um princípio legal que consagra a proteção dos direitos fundamentais na esfera digital e impõe às redes sociais um dever de cuidado quanto à disseminação de conteúdos ilícitos. Mendes enfatizou que essa trajetória normativa não é censura, mas uma evolução jurídica capaz de harmonizar a liberdade de expressão com a responsabilidade social no ambiente virtual.

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