Acusado de plágio Wesley Safadão pode pagar até R$ 4,5 milhões a compositor

A música “Vaqueirinha Maltrata” do compositor Jonas Alves é apontada como plagiada por Wesley Safadão. O compositor entrou na justiça contra cantor por danos morais, e após Safadão não participar da audiência, resolveu registrar um BO por crime contra a propriedade imaterial. O boletim de ocorrência acusa Wesley de apropriação ilegal da composição.

Em entrevista ao colunista Leo Dias, Jonas afirma que o cantor agiu de forma incorreta com ele. “Nós sempre fomos parceiros, mas quando foi a vez dessa música aí ‘Vaqueirinha Maltrata’, ele não agiu da forma correta”, contou. O compositor afirma que o BO foi só para se garantir. “O boletim foi feito para poder dar entrada no processo criminal. Na mídia o Wesley não se posicionou ainda. Deve ser porque não tem argumento para se defender”, relatou.

Jonas alega que Safadão não pagou pela composição da música. No processo contra o cantor, Alves perde R$ 4,5 milhões por danos materiais e mais R$ 200 mil por danos morais. O valor contabilizado corresponde ao número de vezes que a música foi acessada e baixada, multiplicada por R$ 2,90.

A defesa de Wesley, procurado por Leo Dias afirmou que está aguardando o promotor e está seguindo as normas da lei, e prefere não se pronunciar sobre o caso.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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