Última atualização 23/03/2022 | 12:40
O pastor Gilmar Santos, presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil e pastor da Igreja Assembleia de Deus Cristo para Todos, no Jardim América, em Goiânia, não deve falar com a imprensa nesta quarta-feira (23) sobre a denúncia de que ele e o pastor Arilton Moura seriam lobistas junto ao Ministério da Educação (MEC), intermediando a liberação de verbas da pasta para municípios goianos. Segundo o genro dele, Wesley Costa, com quem o Diário do Estado falou nesta manhã, o pastor deve divulgar uma nota sobre o caso nas próximas horas.
Em novas revelações sobre a influência dos pastores no MEC e junto ao governo Bolsonaro – eles se encontraram algumas vezes com o presidente e participaram de solenidades, encontros e reuniões com o ministro Milton Ribeiro, que também é pastor da Igreja Presbiteriana – dão conta de que os dois pastores citados nas matérias dos jornais O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo têm negociado liberações de recursos federais para municípios mesmo não tendo cargos no governo e que o pastor Arilton Moura teria pedido 1 quilo de ouro para conseguir liberar recursos de obras de educação para o município de Luis Domingues, no Maranhão. A denúncia foi feita pelo prefeito da cidade, Gilberto Braga, do PSDB.
De acordo com a reportagem da Folha, em uma reunião dentro do MEC, o ministro Milton Ribeiro falava sobre o orçamento da pasta, cortes de recursos e liberação de dinheiro para obras quando afirmou que a prioridade era atender os municípios que mais precisavam e em segundo lugar “atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar. Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do Gilmar”.
Em seu perfil pessoal no Instagram, o pastor Gilmar Santos postou um vídeo com uma mensagem de fé no final da noite desta terça-feira (22), baseada no versículo 27 do capítulo 14 do livro de João: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. Ao final, manda a todos um “abraço ungido”.