Marido acusado de matar contadora para ficar com dinheiro do seguro vai a júri, decide STJ
Kaianne Bezerra Lima foi morta em agosto de 2023. Leonardo Nascimento Chaves, seu marido, teria encomendado o crime. Julgamento ainda não tem data confirmada.
Leonardo, professor, será julgado pelo assassinato da esposa, a contadora Kaianne Bezerra Lima, morta em 2023 dentro de casa, em um crime elaborado para simular um assalto. Ainda não há data para o julgamento.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) indeferiu o pedido da defesa de Leonardo para evitar a ida do professor a júri. A decisão foi comunicada no início de outubro à Comarca de Aquiraz, município onde o crime aconteceu e onde o processo corre na Justiça. A Justiça estadual já notificou o réu.
Acusados de matar contadora devem ir a júri popular. Leonardo havia sido pronunciado em setembro de 2024, mas a defesa recorreu. Com a decisão do tribunal superior, o processo segue os trâmites de preparo para a realização do júri.
Apesar disso, não há uma data definida para julgamento porque Leonardo está sem defesa. O advogado responsável pelo caso, Silvio Vieira, foi morto a tiros em maio deste ano, em Fortaleza. O outro advogado de Leonardo, Lucas Arruda Rolim, foi preso acusado de ter ajudado na morte de Silvio, de quem era sócio.
A Justiça deu 5 dias para Leonardo apresentar uma nova defesa, caso contrário, ele passa a ser representado pela Defensoria Pública. O outro acusado do caso, o motorista Adriano Andrade Ribeiro, também foi pronunciado e vai a júri junto com Leonardo, no mesmo dia, quando a data for definida.
Outro envolvido no crime, um adolescente à época com 15 anos, foi condenado na Comarca de Aquiraz dois meses após a morte de Kaianne. À época, ele confessou o crime e recebeu a sentença máxima de internação, que é de 3 anos. Ele continua detido sob custódia em um centro educacional.