Acusados de matar duas pessoas em racha na T-9 passam por primeira audiência

Os jovens que conduziram os carros de luxo acusados de matar duas pessoas durante racha na T-9 passaram pela primeira audiência, em Goiânia. Eduardo Henrique de Souza Resende, motorista da caminhonete, e Arthur Yuri, que dirigia uma BMW, são os réus e participaram da audiência, que aconteceu nesta quarta-feira, 05.

Esse julgamento será para que o juiz tenha conhecimento sobre o que ocorreu no dia para que, logo após, seja determinado se os acusados vão ser ou não encaminhados a júri popular.

Relembre o caso

De acordo com a Polícia Civil, os jovens estavam em uma boate e passaram a noite bebendo. As imagens de câmeras de seguranças registraram o momento em que o grupo sai do local. Arthur dirigia uma BMW, enquanto Eduardo estava conduzindo uma caminhonete com cinco pessoas, que estavam nos bancos de trás e no de passageiro do automóvel.

As investigações demonstraram que os dois jovens estavam disputando um racha quando o acidente aconteceu. Marcella, a adolescente que estava na caminhonete, foi arremessada para fora do carro e faleceu no local. O corpo dela parou cerca de 20 metros de onde o veículo estava.

Os outros jovens foram socorridos e encaminhados aos hospitais. Wictor estava entre eles e teve morte cerebral no decorrer da internação no Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO).

Os motoristas foram acusados no dia 28 de junho de 2022. O desfecho do caso incriminou os motoristas por tentativa de homicídio das outras três pessoas sobreviventes do acidente. Após a conclusão das investigações, os acusados foram denunciados pelo Ministério Público, além de denunciar os réus pela tentativa de homicídio das sobreviventes.

De acordo com a perícia, a caminhonete em que estava as pessoas “desempenhou velocidades entre 137 km/h e 181 km/h”, e a BMW “desempenhou velocidades entre 134 m/h e 157 km/h”. “A perícia concluiu que a causa exclusiva do acidente foi o excesso de velocidade”, afirmou o delegado.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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