Acusados pela morte de Ariane, de 18 anos, revelam bastidores do crime brutal

Caso Ariane acusados

Acusados pela morte de Ariane, de 18 anos, revelam bastidores do crime brutal

O Caso Ariane, que aconteceu em agosto do ano passado, em Goiânia, segue gerando repercussões. Nesta semana, a Justiça de Goiás concluiu o exame de insanidade mental com três acusados de cometer o crime. No exame, que deu negativo, os jovens revelaram novos detalhes acerca do assassinato de Ariane Bárbara, de apenas 18 anos.

Detalhes do Caso Ariane

As investigações a respeito do Caso Ariane apontaram que quatro pessoas se envolveram no crime. Jeferson Rodrigues, Raíssa Borges e Enzo Jacomini, cujo nome social é Freya, além de uma adolescente de 16 anos, participaram do assassinato.

Os três primeiros seguem presos desde setembro, enquanto o processo da última está em segredo de justiça na Vara da Infância. Como a motivação do crime foi descobrir se Raíssa seria psicopata ou não, dependendo do que sentisse ao matar uma pessoa, a Justiça resolveu aplicar o exame de insanidade mental.

Fazendo uma recapitulação do Caso Ariane, a jovem saiu de casa para lanchar com os amigos. No caminho, eles colocaram no carro uma música que fazia menção a um homicídio. Assim que Jeferson, o motorista, estalou os dedos, o grupo praticou o crime, asfixiando e esfaqueando a garota.

De acordo com Jeferson, ele não queria perder o grupo de amigos, que conhecia há apenas duas semanas, e afirmou que eles o forçaram a cometer o crime.

“No dia do ocorrido, a [adolescente] me chamou para tomar café às 5h. Ela disse que era filha de traficante e me ameaçou se eu não participasse. A Raíssa tentou duas vezes enforcar a Ariane, mas não conseguiu. O Enzo enforcou até ela desmaiar e aí foi dada a primeira facada pela Raíssa”, disse Jeferson, durante a avaliação.

Segundo a defesa de Jeferson, o jovem tem histórico de depressão e uma “mente infantilizada”, que o tornaria mais suscetível a outras influências.

Complementando a história

As versões de Freya e Raíssa no Caso Ariane também foram de encontro à narrativa de Jeferson sobre o momento do crime. “A [adolescente] deu uma facada na japa. Aí mandou todo mundo sair do carro e ajudar a tirar o corpo”, afirmou Freya. Além disso, ela afirmou que não planejou e “não teve nada a ver com isso”.

No entanto, Freya participou do crime, conforme relata Raíssa. “Quando eu comecei a enforcar ela, me perguntei o que estou fazendo aqui? Aí parei de enforcar, a Freya sentou no colo da Ariane e a enforcou. A Ariane pediu ajuda para a [adolescente], que ficou rindo e passando a mão na cabeça da Freya”, conta.

Portanto, as investigações apontam que Raíssa tentou enforcar Ariane duas vezes, mas não conseguiu. Com isso, Freya assumiu o posto, abrindo caminho para que a adolescente desse a primeira facada. Em seguida, foi Raíssa. Então, o grupo colocou o corpo da vítima no porta-malas do carro e o abandonou em uma mata no Setor Jaó.

Em outubro do ano passado, o Diário do Estado conversou de forma exclusiva com a mãe de Ariane Bárbara, a qual relatava “crises de ansiedade” e “desespero” em decorrência da morte da filha.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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