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Acusados pela morte de Ariane, de 18 anos, revelam bastidores do crime brutal

Última atualização 14/07/2022 | 10:16

O Caso Ariane, que aconteceu em agosto do ano passado, em Goiânia, segue gerando repercussões. Nesta semana, a Justiça de Goiás concluiu o exame de insanidade mental com três acusados de cometer o crime. No exame, que deu negativo, os jovens revelaram novos detalhes acerca do assassinato de Ariane Bárbara, de apenas 18 anos.

Detalhes do Caso Ariane

As investigações a respeito do Caso Ariane apontaram que quatro pessoas se envolveram no crime. Jeferson Rodrigues, Raíssa Borges e Enzo Jacomini, cujo nome social é Freya, além de uma adolescente de 16 anos, participaram do assassinato.

Os três primeiros seguem presos desde setembro, enquanto o processo da última está em segredo de justiça na Vara da Infância. Como a motivação do crime foi descobrir se Raíssa seria psicopata ou não, dependendo do que sentisse ao matar uma pessoa, a Justiça resolveu aplicar o exame de insanidade mental.

Fazendo uma recapitulação do Caso Ariane, a jovem saiu de casa para lanchar com os amigos. No caminho, eles colocaram no carro uma música que fazia menção a um homicídio. Assim que Jeferson, o motorista, estalou os dedos, o grupo praticou o crime, asfixiando e esfaqueando a garota.

De acordo com Jeferson, ele não queria perder o grupo de amigos, que conhecia há apenas duas semanas, e afirmou que eles o forçaram a cometer o crime.

“No dia do ocorrido, a [adolescente] me chamou para tomar café às 5h. Ela disse que era filha de traficante e me ameaçou se eu não participasse. A Raíssa tentou duas vezes enforcar a Ariane, mas não conseguiu. O Enzo enforcou até ela desmaiar e aí foi dada a primeira facada pela Raíssa”, disse Jeferson, durante a avaliação.

Segundo a defesa de Jeferson, o jovem tem histórico de depressão e uma “mente infantilizada”, que o tornaria mais suscetível a outras influências.

Complementando a história

As versões de Freya e Raíssa no Caso Ariane também foram de encontro à narrativa de Jeferson sobre o momento do crime. “A [adolescente] deu uma facada na japa. Aí mandou todo mundo sair do carro e ajudar a tirar o corpo”, afirmou Freya. Além disso, ela afirmou que não planejou e “não teve nada a ver com isso”.

No entanto, Freya participou do crime, conforme relata Raíssa. “Quando eu comecei a enforcar ela, me perguntei o que estou fazendo aqui? Aí parei de enforcar, a Freya sentou no colo da Ariane e a enforcou. A Ariane pediu ajuda para a [adolescente], que ficou rindo e passando a mão na cabeça da Freya”, conta.

Portanto, as investigações apontam que Raíssa tentou enforcar Ariane duas vezes, mas não conseguiu. Com isso, Freya assumiu o posto, abrindo caminho para que a adolescente desse a primeira facada. Em seguida, foi Raíssa. Então, o grupo colocou o corpo da vítima no porta-malas do carro e o abandonou em uma mata no Setor Jaó.

Em outubro do ano passado, o Diário do Estado conversou de forma exclusiva com a mãe de Ariane Bárbara, a qual relatava “crises de ansiedade” e “desespero” em decorrência da morte da filha.