Adesão à vacinação cai e preocupa autoridades em saúde de Goiás

Goiás vai receber quase meio milhão de reais para incentivar ações de multivacinação em crianças e adolescentes

O Dia Nacional da Imunização é comemorado anualmente no dia 9 de junho e tem o objetivo de reforçar a urgência de retomada das altas coberturas vacinais no Brasil. Por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), o governo de Goiás divulgou dados informando que no Estado, apenas em 2023, já foram aplicadas mais de 193.683 doses de imunizantes previstos no Calendário Nacional de Vacinação em crianças de até um ano de idade.

Segundo o Ministério da Saúde, os números de vacinas aplicadas vêm diminuindo desde 2016, considerando que, nos últimos três anos, a meta estipulada é de 95% para a maioria das doenças e 90% para vacinas como BCG e rotavírus humano, ainda não foi atingida. No ano passado, apenas 76,65% das crianças de até um ano foram vacinadas contra a poliomielite, por exemplo.

Os índices de 2015 chegaram a 97% e em 2020 caíram para 75%, conforme dados do Ministério da Saúde. Isso significa que no período de 5 anos, 22% da população deixou de buscar pelos imunizantes. Segundo os dados da entidade, as maiores quedas foram relacionadas À vacinas para BCG, com 38,8%, e Hepatite A, 32,1%, entre 2015 e 2021.

De acordo com a gerente de Imunização da SES, Joice Dorneles, reforça que as fake news podem ter sido a motivação para a queda. “As pessoas sempre acreditaram nas vacinas. Apesar da avalanche de informações que circula sem respaldo científico, precisamos lembrar que a vacinação é um ato de amor com o próximo. Você protege a si mesmo e ao seu próximo. Hoje temos doenças que praticamente desapareceram porque essa geração de adultos foi imunizada. Nosso compromisso é com a preservação da vida e da ciência”, explica.

Com a finalidade de aumentar a cobertura vacinal, o governo estadual desenvolveu uma ferramenta para auxiliar os municípios na busca ativa de crianças que estejam o calendário vacinal atrasado. Nomeado Sistema de Busca de Susceptíveis/Não Vacinados está em fase de teste em diversos municípios como Araçu, Avelinópolis, Brazabrantes, Campestre de Goiás, Caturaí, Damolândia, Itaguari, Jesúpolis, Santa Rosa de Goiás e Taquaral de Goiás.

Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, as vacinas sempre salvaram vidas e é necessário que as pessoas sejam lembradas disso. “Erradicamos doenças e aumentamos a expectativa de vida da população graças à ciência e às vacinas. Juntos vamos retomar as coberturas com todas as ferramentas que tivermos, como a busca ativa, a van da vacinação, Dia D, os horários alternativos nas salas e o sistema de buscas. Com a parceria dos municípios vamos superar mais esse desafio”, afirma.

Durante o feriado de Corpus Christi, a Prefeitura de Goiânia, visando aumentar a cobertura vacinal, disponibilizou alguns pontos de vacinação no Centro Municipal de Vacinação, o Ciams Urias Magalhães e a Upa Doutor Domingos Viggiano, no Jardim América.

Goiânia

Em Goiânia, o programa Imuniza Gyn, por meio da Prefeitura municipal, divulgou que a campanha nacional de vacinação contra a influenza, liberado para pessoas acima de 6 meses, recebeu 4.162.045 doses e já aplicou 3.713.295. Em relação as doses de reforço, foram aplicadas apenas 1.255.678.

Sobre a vacinação infantil, foram aplicadas 1.259.927 primeiras doses, representando 85,6% da população vacinável acima de 3 anos. Já a segunda dose e dose única, foram aplicadas 1.197.690, representando 81,3%.

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Israel ataca aeroporto no Iêmen com diretor da OMS presente no local

Israel realizou ataques aéreos nesta quinta-feira, 26, contra o aeroporto internacional de Sanaa, capital do Iêmen, e outros alvos controlados pelos rebeldes huthis. As operações, que deixaram pelo menos seis mortos, ocorreram após os disparos de mísseis e drones pelos huthis contra Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o objetivo dos ataques é enfraquecer o que chamou de “eixo do mal iraniano”.

Os bombardeios atingiram o aeroporto de Sanaa e a base aérea de Al Dailami, além de instalações militares e uma usina de energia em Hodeida, no oeste do país. Testemunhas relataram ao menos seis ataques no aeroporto, enquanto outros alvos incluíram portos nas cidades de Salif e Ras Kanatib. Segundo o Exército israelense, as estruturas destruídas eram usadas pelos huthis para introduzir armas e autoridades iranianas na região.

Durante o ataque ao aeroporto de Sanaa, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, estava presente. Apesar dos danos e vítimas relatados, Tedros afirmou estar “são e salvo”. No entanto, um membro da tripulação de seu avião ficou ferido. A comitiva da OMS e da ONU que o acompanhava não sofreu ferimentos graves.

O Irã, aliado dos huthis, condenou os ataques israelenses, classificando-os como um “crime” e uma violação da paz internacional. Os rebeldes huthis também denunciaram os bombardeios, chamando-os de uma “agressão contra todo o povo iemenita”.

Desde 2014, os huthis controlam grande parte do Iêmen, incluindo Sanaa, após a derrubada do governo reconhecido internacionalmente. A guerra, que se intensificou com a intervenção de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, transformou o conflito em uma das maiores crises humanitárias do mundo.

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