Adolescente internado à espera de transplante de coração é batizado na UTI de
hospital em MG
Aos 15 anos, Ezequiel Dias dos Santos pediu para ser batizado após a visita de
um padre no Hospital de Clínicas, em Itajubá. O jovem é um dos nomes na fila
nacional por um novo coração.
Adolescente à espera de transplante de coração é batizado na UTI em Itajubá, MG
À espera de um novo coração, o adolescente Ezequiel Dias dos Santos, de 15 anos,
realizou um sonho enquanto está internado na UTI do Hospital de Clínicas de
Itajubá (HCI), no Sul de Minas. Ele foi batizado dentro da unidade intensiva após manifestar esse desejo
à equipe de saúde. (veja no vídeo acima)
Ezequiel sofre de insuficiência cardíaca grave, uma condição que impede o
coração de bombear sangue de forma adequada para o corpo. Desde o dia 21 de
março, ele está internado no HCI e entrou na fila nacional para transplante de
coração — sendo considerado um dos casos prioritários.
O batismo aconteceu às 16h do dia 28 de março. Apesar do estado delicado de
saúde, o desejo do jovem natural de Vitória da Conquista (BA) mobilizou toda a equipe da UTI.
> “Foi uma solicitação dele após uma visita do padre. Segundo ele, foi a
> primeira visita que recebeu na UTI após a sua transferência para o Hospital de
> Clínicas de Itajubá (HCI). Ele sentiu no seu coração o desejo de ser batizado
> e verbalizou para a equipe”, contou a assessoria do hospital.
A enfermeira Lilia Costa entrou em contato com o capelão do hospital e organizou
o momento com a ajuda de outros profissionais. Ezequiel escolheu Cristiane
Tavares, colaboradora do serviço de higiene e limpeza, para ser a madrinha. O
momento foi simples, mas profundamente simbólico.
“O impacto na equipe multiprofissional da UTI foi muito comovente, atender o
paciente como um todo, corpo, alma e espírito. […] Buscamos atender os pedidos
dos pacientes, desde que isso seja possível e esteja em conformidade com a
segurança do paciente”, informou o hospital.
Além do batismo de Ezequiel, a UTI adulta do hospital já foi palco de um
casamento. Na unidade de saúde, além de celebrações, grupos de oração formados
por colaboradores também são bem-vindos.
“Foi uma solicitação dele após uma visita do padre. Segundo ele, foi a
primeira visita que recebeu na UTI após a sua transferência para o Hospital
de Clínicas de Itajubá (HCI). Ele sentiu no seu coração o desejo de ser batizado
e verbalizou para a equipe”, contou a assessoria do Diário do Estado.
Ezequiel Dias dos Santos faz parte da lista nacional de espera por um
transplante e, segundo o hospital, está entre as prioridades do sistema
brasileiro de doação de órgãos.
A equipe médica mantém uma perspectiva otimista, mas reforça a importância da
conscientização: informar à família sobre a vontade de doar é essencial.
Para milhares de pessoas, o transplante de órgãos representa a única chance de
sobreviver ou retomar a qualidade de vida.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil conta com o maior programa público de
transplantes do mundo: cerca de 87% dos procedimentos são realizados por meio do
Sistema Único de Saúde (SUS), permitindo acesso gratuito à cirurgia.
A doação de órgãos é um gesto que salva vidas e impacta positivamente a
sociedade como um todo. Comunicar à família o desejo de ser doador é crucial
para que, no momento necessário, a decisão seja tomada de forma consciente e
responsável.
Existem dois tipos de doadores. O doador vivo pode ser alguém que aceite, de
forma voluntária, doar um órgão ou parte dele — como um rim, parte do fígado,
pulmão ou medula óssea — desde que isso não comprometa sua saúde. Parentes até o
quarto grau e cônjuges podem doar legalmente. Pessoas sem parentesco direto só
podem doar com autorização judicial.
Já o doador falecido é aquele que teve morte encefálica confirmada. O
diagnóstico segue normas rígidas determinadas pelo Conselho Federal de Medicina,
com avaliação feita por dois médicos e confirmação por meio de exame
complementar analisado por um terceiro profissional.
De acordo com o Ministério da Saúde, todos os órgãos doados são destinados a
pacientes que integram uma lista única e nacional, organizada pela Central de
Transplantes de cada estado e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.