O Itamaraty lamento, nesta quinta-feira, 26, a morte de um adolescente brasileiro no Líbano após ataques israelenses no país. Ali Kamal Abdalhha, de 15 anos, estava com o pai Kamal Hussein Abdallah, de 64 anos, quando foi vítima de um bombardeio que atingiu a fábrica da família em Kelya, no Vale do Bekaa, a 30 km de Beirute.
Em nota, o governo brasileiro criticou os ataques e reiterou o apelo por um cessar-fogo. O órgão informou que a Embaixada Brasileira em Beirute está em contato com familiares das vítimas que moram no Brasil, em Foz do Iguaçu, e que o irmão do adolescente está sendo trazido ao Brasil juntamente com a mãe.
“O governo brasileiro manifesta solidariedade à família e condena firmemente os ataques aéreos israelenses contra áreas civis no Líbano, reiterando o apelo para que as hostilidades cessem imediatamente.”, informou o Itamaraty por meio de nota.
O vereador Adnan El Sayed, de Foz do Iguaçu, lamentou a morte de Haj e Ali, com quem esteve recentemente em uma visita da família na cidade. “Busco forças na justiça divina e na resistência libanesa para lidar com a dor diante das perdas diárias nesse massacre à Palestina e ao Líbano”, disse o vereador.
Bombardeios no Líbano
Os recentes ataques entre Israel e Hezbollah têm raízes em uma série de eventos que começaram em outubro de 2023. Após um mortífero ataque de Hamas contra Israel, Hezbollah iniciou disparos transfronterizos em protesto pela guerra em Gaza, exigindo um alto el fuego como condição para cessar seus ataques.
Os ataques aéreos israelenses contra objetivos de Hezbollah no Líbano resultaram em um alto número de vítimas. Até o momento, mais de 492 pessoas morreram e cerca de 1.600 foram feridas apenas em um dia, marcando o dia mais letal de ataques israelenses desde a guerra de 2006.
Na última segunda-feira, 23, mais de 560 pessoas morreram e mais de 1.800 ficaram feridas em ataques direcionados ao grupo de extremista libanês Hezbollah. Na quarta-feira, o grupo extremista retaliou com o lançamento de um míssil contra Israel, e as forças israelenses reagiram atacando alvos associados ao grupo.