Pais denunciam que adolescente com deficiência recebeu carta com frases ofensivas de colega de sala no interior de SP
Uma adolescente de 12 anos, que necessita de uma cadeira de rodas devido a uma rara doença neuromuscular, foi vítima de bullying na escola em Ribeirão Preto, SP. A família da menina registrou um boletim de ocorrência após ela ter sido alvo de uma carta com frases ofensivas e discriminatórias de uma colega de sala. Essa foi a primeira vez que a adolescente enfrentou uma situação desse tipo em oito anos de estudo na instituição particular da região sul da cidade.
Conforme relatado pela mãe da jovem, a fisioterapeuta Letícia Constâncio, a carta continha mensagens de repúdio em relação à condição da adolescente, gerando um enorme impacto emocional nela. A família decidiu agir de acordo com o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que criminaliza qualquer forma de discriminação com base na condição física de uma pessoa. O DE procurou a Secretaria de Segurança Pública em busca de mais informações sobre o caso.
A adolescente diagnosticada com miopatia nemalínica, uma doença rara que afeta seus movimentos, permanece frequentando a escola com o auxílio de uma cadeira de rodas. Após o incidente, Letícia e seu marido buscaram a polícia para garantir que medidas fossem tomadas em relação à situação. A falta de apoio por parte da escola, que não compartilhou o conteúdo da carta ou tomou medidas efetivas para lidar com o problema, aumentou a indignação da família.
A história da menina vem à tona em meio a outros casos de bullying e discriminação em ambientes escolares, o que levanta questões sobre a necessidade de conscientização e ação por parte das instituições educacionais. A família, juntamente com as autoridades, busca garantir que a escola seja responsabilizada por não cumprir com sua obrigação de proporcionar um ambiente seguro e inclusivo para todos os alunos.
Diante da falta de apoio e descaso enfrentado, a família da adolescente decidiu iniciar o processo de transferência para outra escola, onde esperam que a filha seja tratada com respeito e acolhimento. A luta por inclusão e igualdade de direitos para pessoas com deficiência continua sendo uma batalha constante, e situações como essa ressaltam a importância de uma educação mais inclusiva e sensível às necessidades de todos os alunos. Por meio da conscientização e ação, é possível construir um ambiente escolar mais justo e acolhedor para todos.