Adolescente coroinha e fotógrafo é morto durante Natal no Paraná: possível caso de confusão, diz polícia

Coroinha e fotógrafo, adolescente morto durante noite de Natal no Paraná pode ter sido confundido, diz polícia

Informação foi divulgada pelo delegado João Reis, que investiga o caso. Crime aconteceu em Irerê, distrito do município de Londrina, no norte do estado.

Gabriel Fernando, de 17 anos, era coroinha e fotógrafo da Pascom. — Foto: Redes sociais

Gabriel Fernando dos Santos Lima, de 17 anos, pode ter sido morto por engano, no lugar de um vizinho, de acordo com investigação da Polícia Civil do Paraná (PC-PR). As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (26).

O crime aconteceu quarta-feira (25) durante a noite de Natal em Irerê, distrito de Londrina, no norte do estado.

O jovem foi atingido por quatro tiros, disparados pela janela do quarto, e socorrido pelos pais. Ele foi levado ao Hospital da Zona Sul de Londrina, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade.

“Algumas pessoas que nós conversamos de modo informal relatam que ele pode ter sido confundido com um vizinho próximo do local. E quem foi fazer a execução abriu a janela do quarto, estava escuro, atirou no Gabriel e atirou errado”, explicou o delegado João Reis, em entrevista à RPC.

Gabriel era coroinha na Igreja Católica e fotógrafo da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Londrina. Ele não tinha histórico criminal ou boletins de ocorrência em seu nome.

O delegado não descarta outras linhas de investigação.

“Nós estamos, agora, apurando qual seria a real motivação para a morte dele. Se foi uma questão passional, porque sabemos que ele não era envolvido com nenhum tipo de crime, ou se ele foi confundido”, disse o delegado à RPC.

Em nota publicada em redes sociais, a Pascom lamentou a morte do adolescente e disse que “no céu, junto de Karol Veni Alves e Luan Augusto, agora Gabriel Fernando dos Santos Lima descansa eternamente e contempla a presença de Deus”. Karol Veni Alves e Luan Augusto também foram mortos a tiros, no colégio em que estudavam, em Cambé.

O corpo de Gabriel foi velado no salão da Igreja Católica de Irerê, nesta quinta-feira (26).

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Ministério Público contesta legalidade do Programa Parceiro da Escola no Paraná: entenda as irregularidades e polêmicas na terceirização da gestão educacional

O Ministério Público solicitou a nulidade do edital que estabelece o Programa Parceiro da Escola no Paraná. O órgão apontou diversas irregularidades relacionadas ao programa, como a ausência de previsão de formato de prestação de contas e de estudos técnicos sobre os valores envolvidos. O Governo do Estado defende que as contratações foram realizadas de forma pública e transparente, mesmo diante das críticas do MP.

A proposta do Programa Parceiro da Escola visa a terceirização da gestão de colégios estaduais, envolvendo a administração administrativa das escolas e a gestão dos terceirizados na limpeza e segurança. O valor total dos contratos com as três empresas aprovadas ultrapassa R$ 2,1 bilhões. Porém, segundo o Ministério Público, a falta de critérios objetivos para prestação de contas e a terceirização de direitos fundamentais foram apontadas como inconstitucionais.

O órgão destacou que a educação é uma atividade-fim do Estado e, portanto, não pode ser terceirizada. Além disso, apontou a impossibilidade de uso da modalidade de licitação escolhida para o chamamento das empresas. A Secretaria de Estado da Educação defendeu a legalidade do programa, alegando que as contratações foram transparentes e aprovadas por ampla maioria na Assembleia Legislativa do Paraná.

Três empresas privadas foram credenciadas para fazer a gestão das escolas estaduais, sendo responsáveis pela administração delineada previamente. A Apogeu, Tom Educação com apoio do grupo Positivo e Rede Decisão, e Salta foram as empresas habilitadas para a realização dessas atividades. A assinatura dos contratos estava prevista para ocorrer em determinadas datas e as empresas devem iniciar suas atividades nas escolas em breve.

O Programa Parceiro da Escola enfrenta críticas e questionamentos quanto à sua legalidade e eficácia. A controvérsia em torno da terceirização da gestão das escolas estaduais no Paraná envolve não apenas aspectos burocráticos e legais, mas também a qualidade e o comprometimento com a educação pública. Os desdobramentos desse processo devem continuar sendo acompanhados de perto pela sociedade e pelas instituições envolvidas.

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