Adolescente de 16 anos confessa assassinato da mãe em Águas Lindas de Goiás

Um adolescente de 16 anos foi apreendido em Águas Lindas de Goiás, acusado de matar sua mãe de 39 anos com facadas e pedradas. O crime ocorreu na segunda-feira, 19, e o próprio jovem ligou para a Polícia Militar para confessar o ato.

Ao g1 o delegado Vinícius Máximo da Silva, o adolescente e sua mãe vinham enfrentando constantes discussões por motivos considerados banais. Uma das últimas brigas teria ocorrido após a mãe repreender o filho por guardar sua escova de dentes no guarda-roupa, o que gerou um conflito. Como consequência, ela confiscou o celular e o notebook do adolescente, o que agravou ainda mais a situação.

Premeditando o crime, o jovem escondeu uma faca próximo ao sofá da sala e aguardou o momento em que o padrasto e a irmã saíram de casa para agir. Ele inicialmente utilizou uma arma de chumbinho para assustar a mãe, mas quando ela se virou, ele a atacou com a faca. Durante a luta, o adolescente pegou uma pedra que usava como peso de porta e continuou agredindo a mãe até que ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Após o homicídio, o adolescente se trancou dentro de casa e contatou a polícia, aguardando a chegada das autoridades. Ele foi apreendido pelo Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) e levado para a delegacia.

O jovem responderá por ato infracional análogo ao crime de feminicídio. Inicialmente, ele pode permanecer apreendido por até cinco dias, enquanto a Justiça decide sobre sua transferência para uma unidade de internação socioeducativa, onde pode cumprir até três anos de pena. Segundo o delegado, o adolescente não demonstrou arrependimento pelo crime.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Promotoria denuncia policiais militares por chacina e desaparecimento de adolescente em Goiás

O Ministério Público de Goiás denunciou quatro policiais militares acusados de matar dois jovens e dois adolescentes em Goiânia há seis anos. Entre as vítimas está João Vitor Mateus de Oliveira, de 14 anos, cujo corpo nunca foi encontrado. O caso, conhecido como “chacina Solar Bougainville”, ocorreu no bairro de mesmo nome.

Segundo a denúncia, três das vítimas – Marley Ferreira Nunes, de 17 anos, Matheus Henrique de Barros Melo, de 19, e Divino Gustavo de Oliveira, também de 19 – foram mortos dentro da casa da avó de Matheus enquanto jogavam videogame. João Vitor, que também estava na residência, teria sido levado pelos policiais e morto em uma mata localizada a 2,4 km do local.

Os policiais denunciados são Fabrício Francisco da Costa, Thiago Antonio de Almeida, Éder de Sousa Bernardes e Cledson Valadares Silva Barbosa, integrantes do Batalhão de Choque da PM na época.

À época dos fatos, os policiais alegaram que foram até a residência verificar a presença de um carro roubado e que houve troca de tiros, o que, segundo eles, justificou a ação. No entanto, a Promotoria contesta essa versão, afirmando que a perícia não encontrou indícios de confronto.

João Vitor, desaparecido desde o dia do crime, teria sido levado da casa pelos policiais, segundo testemunhas. Durante as investigações, foram encontrados um par de chinelos e parte do celular que ele usava em uma mata no Residencial Forteville, além de projéteis de arma de fogo. A Promotoria suspeita que o adolescente foi morto para que não testemunhasse contra os policiais.

Em nota, a Polícia Militar de Goiás afirmou que o caso está sob análise do Poder Judiciário e destacou seu compromisso com a transparência e a legalidade.

O caso segue sob investigação judicial.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp