Adolescente de 16 anos mata família e confessa o crime à polícia nos EUA

Um adolescente de 16 anos foi preso no último sábado, no estado do Novo México, Estados Unidos, acusado de matar seus pais e dois irmãos. Após cometer o crime, ele ligou para o serviço de emergência 911 e confessou o homicídio quádruplo, segundo informações divulgadas pela polícia local.

O caso ocorreu por volta das 3h30 da manhã na cidade de Belen. Diego Leyva, o suspeito, foi detido sob acusação de homicídio de primeiro grau. Durante a ligação à polícia, ele admitiu ter matado a família. Quando os agentes chegaram à residência, Leyva saiu com as mãos levantadas e foi preso sem oferecer resistência.

As vítimas foram identificadas como Leonardo Leyva, de 42 anos, pai do adolescente; Adriana Bencomo, de 35 anos, mãe; Adrian Leyva, irmã de 16 anos; e Alexander Leyva, irmão de 14 anos. Todos foram encontrados mortos dentro da casa com ferimentos causados por arma de fogo.

De acordo com as autoridades, o adolescente estava “extremamente embriagado” no momento da prisão. Ele foi levado para um hospital para desintoxicação antes de ser transferido para um centro de justiça juvenil na cidade de Albuquerque.

O caso chocou a comunidade local. Vanessa LaGrange, ex-professora do suspeito, afirmou não acreditar que o jovem fosse capaz de cometer os assassinatos. “Eu nunca imaginei que algo assim pudesse acontecer, que Diego faria algo tão terrível”, declarou ao Guardian.

A Polícia Estadual do Novo México segue investigando as possíveis motivações do crime.

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Brasileiro é vítima de tráfico humano após cair em falsa proposta de emprego na Ásia

Um paulistano de 31 anos, Luckas Viana dos Santos, tornou-se mais uma vítima de tráfico humano na Ásia após cair em uma falsa proposta de emprego. Residente na Tailândia, Luckas recebeu, no início de outubro, uma oferta para trabalhar na área de tecnologia em Mae Sot, cidade tailandesa na fronteira com Mianmar, com um salário de US$ 1,5 mil (aproximadamente R$ 8 mil).

De acordo com informações do UOL, ao chegar no local, Luckas descobriu que havia sido enganado e estava sendo explorado. Ele, que já morava entre as Filipinas e a Tailândia há quase um ano, foi contatado por meio de uma chamada de vídeo com supostos profissionais de recursos humanos, e, após algumas trocas de mensagens, aceitou a proposta. Durante a viagem, que se estendeu mais do que o esperado, ele começou a desconfiar da situação.

Luckas mandou mensagens para um amigo brasileiro, relatando as trocas de veículos e uma travessia de barco por uma área de selva. Quando avistou placas em birmanês, o medo aumentou. Ele escreveu: “Parece tráfico”, e pediu que seu amigo acionasse a polícia. Porém, a situação piorou quando ele percebeu a presença de pessoas armadas, e logo perdeu o contato.

A última comunicação de Luckas foi com sua mãe, Cleide Viana, onde ele disse estar bem, mas que precisaria entregar seu celular. Depois disso, ele ficou incomunicável por dois dias, até conseguir fazer uma ligação rápida, na qual relatou estar em perigo. Durante a chamada, ele pediu para que avisassem sobre sua situação, dizendo que não podia falar muito, pois estava sendo vigiado. Sua mãe ouviu uma língua diferente ao fundo, e um pedido para que Luckas falasse inglês com ela, o que ele não sabia.

Nos dias seguintes, Luckas enviou mensagens esporádicas pelo Telegram, utilizando números desconhecidos e linguagem codificada. Ele descreveu um cenário de trabalho forçado, com jornadas de mais de 15 horas sob vigilância constante, ameaças e punições físicas severas, como choques elétricos que causaram ferimentos. “Minha vida corre perigo”, escreveu ele em uma das mensagens, pedindo que suas fotos fossem compartilhadas nas redes sociais.

A família de Luckas foi informada de que ele havia sido traficado para aplicar golpes financeiros online e relatou ter presenciado a venda de outras pessoas. O brasileiro contou sobre o caso de duas angolanas, com quem fez amizade, que foram vendidas por traficantes. “Ele queria chorar, mas não podia, porque, se chorasse, seria punido”, revelou uma prima.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou que há casos semelhantes com brasileiros em Mianmar, sendo vítimas de falsas ofertas de emprego, principalmente no setor financeiro. As vítimas são forçadas a trabalhar em condições análogas à escravidão, com seus documentos sendo confiscados. Estima-se que cerca de 120 mil pessoas estejam em situações semelhantes apenas em Mianmar.

O governo brasileiro acompanha o caso de Luckas por meio de suas embaixadas na região e presta assistência consular à família, mas o paradeiro do brasileiro permanece desconhecido desde o final de outubro. Desesperada, a mãe de Luckas apela por ajuda: “Não estou raciocinando direito e não tenho mais condições de viver enquanto meu filho não voltar”, desabafou Cleide.

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