Adolescente denuncia pai e irmão por assédio: “Me manda fotos suas, de preferência, sem nada”

acusado por assédio

Uma menina de 14 anos denunciou o pai, de 43 anos, e o irmão, de 20 anos, por assédio sexual. O caso ocorreu em Anápolis, quando ela foi dormir na casa do rapaz, na última quarta-feira, 3. Ele teria passado a mão nas partes íntimas da menor que, assustada, conseguiu fugir e pedir a ajuda de uma vizinha. A garota mora sozinha com a mãe, que precisa de cuidados especiais.

O assédio do pai

No distrito policial, a adolescente aproveitou a oportunidade e mostrou os prints para a delegada Marisleide Santos nos quais o pai pede fotos seminuas da filha, no final do ano passado, por meio de um aplicativo de mensagens. Na conversa, o homem insiste que a adolescente, a quem ele chama de “meu amor”, envie as imagens mesmo ela dizendo não ter nenhuma parecida. 

“Cadê de langer? (sic) De calcinha você tem. Pode mandar, meu amor”, pede o suspeito, enquanto a menor pergunta “de onde tirou isso, pai?”. Em seguida, ele responde: “nada, é que estou com muito tesão. Então, você não pode ajudar o pai aí? Me manda fotos suas, de preferência sem nada”, completa antes de a filha bloquear o número de telefone dele.

O irmão afirmou para a delegada que a situação teve iniciativa da menina e confessou que tiveram relações sexuais, mas alega ter sido consensual. O pai também reconheceu ter enviado o texto. Eles foram liberados por falta de provas. A adolescente passou por exames e foi medicada. A delegada avalia a possibilidade de pedir prisão e medida protetiva contra ambos. O Conselho Tutelar de Anápolis acompanha a apuração.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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